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Companheiros de Pensamentos

sábado, 31 de dezembro de 2011

E lá se vai mais um ano!


Costumo sempre fazer um balanço de tudo o que vivi durante o ano. Acho que muitos fazem o mesmo…
Sempre relembrei os maus e bons momentos e o que acrescentaram para mim.
Bem, se fosse relacionar os aspectos negativos… teria alguns, sim. Desde ser “roubada” mensalmente no meu salário até o fato de meu marido estar desempregado, (pois o único trabalho que conseguiu foi a contrato mensal, para o período do Verão); portanto, só quero colocar na balança o que de bom aconteceu neste ano:
- Ninguém ficou doente (e aqui também incluo os meus cãopanheiros).
- Completei mais um ano de casamento com muita harmonia, companheirismo, afeto, compreensão e alegria (e, hoje em dia, isto torna-se um acontecimento em extinção).
- Continuo a exercer a profissão que escolhi com prazer (e isso é muito bom).
- Emagreci 10 kilos!!! (LEGAL!!!! Mas ainda falta mais alguns…)
- Mantenho vivas grandes e verdadeiras amizades (o que é muito precioso).
- Meus textos começaram a ser publicados num jornal local (incentivada por uma grande amiga: Terezinha.)
- Neste blog recebi muitos comentários repletos de carinho, sensibilidade e cumplicidade.
- Através deste blog, tive contato com outros onde sempre aprendi algo.
O balanço final foi positivo pois houve muitos momentos felizes.
Há muito tempo deixei de fazer planos para o próximo ano, pois muitas vezes enfrentei situações muito difíceis e tristes que, com certeza, não gostei que estivessem a ocupar os meus planos idealizados.
Agora não faço planos, apenas tenho desejos:
- Saúde;
- Trabalho;
- Humor;
- Mais respeito com os cidadãos, animais e natureza em geral.
- E muito Amor, sempre!
Acredito que se estes desejos se concretizem… todos nós seremos muito felizes.

Um Feliz Ano Novo para todos!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Então é Natal!



Como desejo que o Natal seja vivido o ano inteiro!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O meu presépio



O meu presépio nasceu no Natal de 1950, pelas mãos do meu avô paterno.
O meu avô decidiu iniciar o presépio no ano em que nasceu a minha irmã mais velha, comprando, nesse ano, a cabaninha e as figuras principais: Maria, José, menino Jesus, o burrinho e a vaquinha.
Depois, a cada ano comprava mais umas figuras: os reis magos, seus criados, camelos, pastores, ovelhas…
E assim foi durante 11 anos!
Durante 11 anos, o presépio foi crescendo, adquiriu anjos, casas com estilo árabe, poços, pontes, uma quinta com porcos, galinhas, pintainhos, vacas, cavalos, burros e até lebres que tentam escapar dos cães que andam soltos pela quinta.
Quando meu avô faleceu, meus pais resolveram que não iriam comprar mais nenhuma figura para o presépio. E assim foi.
Minha irmã ficou com alguns pastores e ovelhas mas, mesmo assim, o presépio conta com cerca de 200 figuras e tem sido montado todos os anos, logo nos primeiros dias do mês de dezembro, sendo desmontado após o dia 6 de janeiro.
Já foi montado em cima de musgo, papel imitando pedra, tecido, tela, aparas de madeira, mas o que mais se tem utilizado é a serradura e, para contê-la, desde 1970, usamos umas conchas muito especiais e diferentes, apanhadas na foz do rio Cuanza, em Angola.
Este presépio sempre nos acompanhou, atravessou oceanos, visitou três continentes. Para mim, sempre teve uma grande importância pois, para além de representar o nascimento de Cristo, recorda-me as inúmeras histórias que meus pais contavam, a partir das figuras que o compõem.

Como meus pais também queriam que existisse um presépio que tivesse sido adquirido pela altura do meu nascimento; em 1962 compraram um, confeccionado em borracha, simples, apenas com 6 figuras mas, igualmente, carregado do grande significado de amor, de família.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"QUANDO CHEGA O NATAL" - Deolinda



QUANDO CHEGA O NATAL

Diz-me lá porque é que tu só te lembras de mim quando chega o Natal
Porque é que só nesta quadra é que tu reparas se eu estou bem ou mal
Diz-me lá onde é que páras o resto do ano
Eu preciso mais de ti do que te vais lembrando

Diz-me lá porque é que tu não me envias postais durante o ano inteiro
Diz-me lá porque razão é que não me dás prendas sem ter um pretexto
Diz-me lá o que te move uma vez por ano
Eu preciso mais de ti do que te vais lembrando

Diz-me que gratidão é que esperas de mim apenas por um dia
Eu que espero o ano inteiro e que tanto anseio a tua companhia
Hoje reformulo os votos e o meu desejo:
Eu preciso de ti do que te vais lembrando

Um Feliz Natal, não hoje, mas o ano inteiro!

Natal



Sempre gostei muito do Natal.
Não por causa das prendas (mesmo porque não abundavam) mas pelo que significava: a comemoração de mais um aniversário do (sempre) Menino Jesus.
Ao longo dos Natais vividos em companhia dos meus pais, eles sempre reforçavam certos tópicos, por exemplo:
- A partilha, a amizade, a simpatia, o senso de família, é para vivenciar o ano todo e não APENAS no Natal.
- Os menos favorecidos não o são SÓ no Natal.
- Aqueles que passam fome, não passam SÓ no Natal.
- Se queres "mimar" alguém, não esperes pelo Natal. Mima-o sempre que puderes.
- Sempre que receberes um "mimo" de alguém, agradece e demonstra satisfação. Não importa se não gostas do mimo, se já tens um exatamente igual, se não era o que esperavas... O que importa é que alguém pensou em ti e dedicou um tempo a escolher/fazer algo para ti.
- Um cachorrinho, um gatinho, um passarinho, um peixinho, não são presentes de Natal. São seres que vêm para aumentar a família; portanto, a magia da sua chegada em casa, continua bem para além de um Natal.
- A família não é para ser lembrada APENAS no Natal.
- A solidariedade não é para ser praticada APENAS no Natal.
- O espírito do Natal não pode existir APENAS no Natal.
Quando meus pais iniciaram a Grande Viagem, pensei que o Natal passaria a ser um momento triste.
Mas, não. Continuo a ter um prazer enorme de montar um presépio com mais de 60 anos e com mais de 200 peças; uma árvore cheia de enfeites com mais de 40 anos e outros mais recentes que meu marido escolhe a cada ano; de enfeitar toda a casa, dando-lhe um "cheirinho" de Natal.
(Até os cães entram no "clima" do Natal.)
Gosto muito do Natal; gosto tanto que faço tudo para que ele dure o ano inteiro.

FELIZ NATAL PARA TODOS



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Pensando no que disse o João...

“Esta é a visão optimista e a que devia ser a única e a verdadeira, de uma pessoa se sentir um verdadeiro professor.
Infelizmente a realidade é outra, muito diferente e ser professor, hoje em dia é mais uma profissão de risco do que uma reconfortante recompensa diária.” (João Roque; do Blog whynotnow)
Sim, é verdade, é uma profissão de risco.
Professores são agredidos fisicamente por alunos, por encarregados de educação… São denegridos por “determinados” políticos, por “determinados” ministros, por “determinados” governantes, por “determinados” comentaristas na comunicação social. (Acredito que estes são casos de ex-alunos traumatizados!)
É claro que houve, há e sempre haverá péssimos professores. Há aqueles que escolheram esta profissão porque não gostavam de matemática (nunca entendi esta justificativa).
Ouvi dizer, há muito tempo, que o curso de magistério é um curso espera-maridos. (???)
Há aquelas pessoas que escolheram esta profissão porque a achavam fácil (aonde?).
Também há aqueles que escolheram esta profissão porque achavam que iam trabalhar pouco (inocentes!).
Sim, há péssimos professores que nunca deveriam ter iniciado a carreira docente; se calhar, são exatamente os que escolheram a profissão pelos motivos errados.
Quando, adolescente, buscava uma opinião de meus pais sobre qual profissão devia seguir, eles sempre respondiam:

“- Filha, não nasceste rica. Vais ter que trabalhar como teus pais sempre trabalharam. Portanto, escolhe uma profissão, um trabalho que, para além de fornecer-te o que necessitas para viver, te dê prazer. A pior coisa é, logo de manhã, ires para o teu emprego já desanimada pelo que vais realizar.”

Não iniciei a minha carreira profissional na docência.
Confesso que, quando escolhi cursar a licenciatura em Pedagogia, não estava nos meus planos exercê-la em sala de aula. Muito pelo contrário, planejava vir a ocupar uma vaga de pedagoga na companhia siderúrgica, onde trabalhava na altura.
Mas como o Homem põe e Deus dispõe… E ao descobrir a profissão de Professor, descobri, SIM, que pode ser uma reconfortante recompensa diária.
Apesar de não ser fácil lidar com seres humanos em formação, com seus encarregados de educação, com diversas origens, valores, culturas; apesar de ter que desenvolver um trabalho para além do que se desenvolve em sala de aula (pois um Professor, para além de aplicar diferentes metodologias, utilizar diversas técnicas, pesquisar variadas estratégias, preparar aulas, corrigir testes, analisar trabalhos, preencher uma vasta documentação exigida pelos vários órgãos competentes; também tem que se manter bastante atualizado pois, continuadamente, convive com novas gerações – e isto “sai do nosso bolso”); para além de roubar muito tempo à família para desenvolver projetos; é compensador observar como as pedras brutas vão se transformando, pela nossa ação, em DIAMANTES de grande quilate.
É claro que nem sempre temos sucesso; é claro que nem sempre a escola tem condições para atender nossas reivindicações; é claro que nem sempre os pais desempenham o seu papel; é claro que muitas vezes ouvimos:

O meu filho tirou notas muito boas. Ele é tão inteligente!

“O meu filho tirou notas baixas. A professora não ensina nada!

(acho interessante como no primeiro caso, a professora “não risca nada” e como no segundo, o aluno “não risca nada”! Enfim…); é claro que nossos salários são baixos, não temos ajudas de custo para habitação, transporte (como têm os nossos dedicados deputados, ministros,…); é claro que, às vezes, sentimo-os frustradas, impotentes, revoltadas; mas AINDA não conseguem furtar-nos a alegria que sentimos ao constatar o fruto do nosso trabalho, ou seja, o desenvolvimento dos nossos alunos.

(imagem da net)
Obrigada a todos os que deixam seus comentários neste meu cantinho.
Obrigada, João, pela oportunidade de desabafar mais um pouquinho. Seus comentários instigam-nos a refletir, a repensar, a dar sempre mais um passo à frente.

sábado, 10 de dezembro de 2011

PERSISTIR NUM IDEAL



QUE O FUTURO SEJA FELIZ PARA TODOS!

domingo, 27 de novembro de 2011

sábado, 19 de novembro de 2011

"Cabra cega" - Márcia

Mais um tema desta jovem cantora portuguesa. Um outro registro mas com uma voz linda e com uma letra que leva-nos à reflexão, pois é muito atual.


Zero a zero, não me espanta o impasse
Se você quer, escondo o medo sem mostrar como o faço
No entanto amargo a cada som que não me sai, que adormeço
Tenho cara de quem morde mas apenas sou o que mereço
Uma oração pra perder o meu embaraço
Em hora sã hei-de por termo ao que só me traz cansaço
A cada cara à minha volta que me fita só que eu não posso ver
Que tem a fé num perfeito que eu não sei fazer
E eu sei de mais ou menos cem
Quiçá eu não apareço hoje....
Quero ficar bem a sós
Amuada no meu canto e a aquecer a voz.

Eu sei que é fácil de montar o aparato da menina que é culta
Mas também, sorrir sai mais barato que cuspir pensamentos à solta
E olha quem, tem a fome da sinceridade ao menos não te dei a volta
E eu não volto a jogar à cabra-cega com usted

Nunca sei porquê o maltrato é um unguento
Que sem ninguém ver vai guardando cimento
A cada cara à minha volta vou lhe dizer só que eu não posso mais...
Quero sedar o meu som confinar-me a afinar em silêncio

Eu sei que é fácil de montar o aparato da menina que é esperta
Mas também, fugir pra ti faz parte de investir na pessoa certa
E olha quem vem agora pra ficar é que eu ao menos não deixei aberta
A minha porta a ver quanto tempo sobra pra quem vem
A minha porta a ver quanto tempo sobra

Eu sei que é fácil de montar o aparato da menina que é culta
Mas também sorrir sai mais barato que cuspir pensamentos à solta...
E olha quem tem a fome da sinceridade ao menos não te dei a volta
E eu não volto a jogar à cabra-cega com usted
E eu não volto a jogar à cabra-cega (x4)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"A Pele que há em mim"




Quando o dia entardeceu e o teu corpo tocou
Num recanto do meu, uma dança acordou
E o sol apareceu de gigante ficou
Num instante apagou o sereno do céu

E a calma a aguardar, lugar em mim
O desejo a contar, segundo o fim.
Foi num ar que te deu e o teu canto mudou
E o teu corpo do meu uma trança arrancou
E o sangue arrefeceu, e o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou, o meu sonho morreu

Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.

Quando o amor se acabou, e o meu corpo esqueceu
O caminho onde andou nos recantos do teu
E o luar se apagou, e a noite emudeceu
O frio fundo do céu foi descendo e ficou

Mas a mágoa não mora mais em mim
Já passou, desgastei, pra lá do fim
É preciso partir, é o preço do amor
Pra voltar a viver, já nem sinto sabor
A suor e pavor, do teu colo a ferver
Do teu sangue de flor, já não quero saber

Dá-me o mar, o meu rio, a minha estrada
O meu barco vazio, na madrugada
Vou deixar-te no frio, da tua fala
Na vertigem da voz, quando em fim se cala.


Gosto imenso de ouvir esta voz. Uma voz suave, uma melodia calma. É claro que traduz uma certa tristeza, uma melancolia, uma despedida, um amor que chega ao fim... Mas mesmo os amores que chegam ao fim, deixam sempre algo para recordar, nem que seja as lições que colecionamos nas nossas vidas e que vão contribuir para viver um novo amor...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Minha Nação

(imagem tirada da net)

Neste momento, estou a dar a História de Portugal aos meus "pequenos".
Apesar de ter vivido um bom par de anos no Brasil, Portugal é o meu país, onde nasci, onde passei a minha infância e onde estou a viver no presente.
Com meus pais, aprendi a "conhecer" a História de Portugal e com a Professora Terezinha aprendi a História do Brasil.
Ambas, grandes Nações, repletas de grandes homens e grandes mulheres, grandes feitos!
Para além de ensinar os fatos e personagens históricos, mostro o orgulho que tenho na minha Nação e em tudo que conquistou e realizou ao longo dos tempos.
Sim, tenho orgulho de ser Portuguesa! Sim, tenho orgulho de ter passado uma parte da minha vida no Brasil!
Apenas não tenho orgulho em certos políticos e politiquices.
Quando vivia no Brasil, costumava ouvir que o Brasil nunca cairia no caos, pois ele É maior que o caos.
Quando estou a falar de todos os feitos que os Portugueses fizeram, penso: "Bolas; um povo que conquistou tantas vitórias, contra tudo e contra todos, tem que conquistar um futuro melhor!"
Que meus alunos possam dizer, com orgulho: "SIM; SOU PORTUGUÊS. SIM; CONTINUAMOS A SER UMA pequena GRANDE NAÇÃO."

domingo, 13 de novembro de 2011

Finalmente!

(imagem tirada da net)
Fico sempre feliz quando recebo comentários dos meus "Companheiros de PensaSentimentos" e, muitas vezes, sinto-me frustrada de não visitá-los tanto quanto mereciam.
Hoje, estou feliz, pois consegui dar um pulinho aos seus "espaços".
Aproveito para agradecer, de coração, todas as participações neste meu cantinho e toda a paciência e compreensão que têm demonstrado pelas minhas ausências.
Até breve!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Quentinhas e Boas!!!

Finalmente, a papelada está pronta!
Finalmente, o Outono chegou!
Finalmente, saborear umas castanhas assadas!
Finalmente, voltar a "passear" por aqui!


sábado, 22 de outubro de 2011

22 de OUTUBRO de 1949

(imagem tirada da net)
“Até que a morte os separe” ou “que seja eterno enquanto dure” ou “estava escrito nas estrelas”…
Meu pai nasceu no Rio de Janeiro, em 1927.
Meus avós paternos tinham ido ao Brasil por causa das comemorações do Centenário da Independência, em 1922 (pois meu avô era parente do aviador Sacadura Cabral que, juntamente com Gago Coutinho, realizou a travessia aérea do Atlântico) e apaixonaram-se por esse país, ficando a viver nele. Quando meu pai tinha uns 13 anos, regressaram a Lisboa pois meu bisavô adoecera e meu avô não queria estar longe do seu pai.
Minha mãe nasceu em Casablanca, Marrocos, em 1928.
Meu avô materno tinha ido para esse país, devido a negócios. Ele e seu sócio tinham uma fábrica de conservas de sardinhas em lata. Quando minha mãe tinha uns 14 anos, regressaram a Lisboa, pois meu avô soube que seu sócio não estava a ser honesto e preferiu perder a sociedade mas manter seu “nome limpo”.
Meu pai começou a trabalhar aos 17 anos, deixando para trás o sonho de vir a ser engenheiro agrónomo, pois precisava ajudar em casa.
Minha mãe começou a trabalhar aos 20 anos, pois queria ter algum “dinheirinho” para si.
Coincidência, acaso ou destino? Mas os escritórios onde meus pais trabalhavam ficavam na mesma rua de Lisboa e meu pai começou a reparar “na cor do cabelo daquela jovem” do outro lado da rua.
A colega e amiga de minha mãe logo reparou nos olhares daquele rapaz e avisou-a, no sentido de que ela também retribui-se um simples olhar.
“Nem pensar! Imagina que vou acenar para esse magricela!”
Mas os olhares continuaram! E a coragem foi crescendo até meu pai, finalmente, falar com minha mãe. E o namoro começou, em casa de meus avós maternos, claro! Porém não foi só o namoro que começou, também foi o início dos contratempos, pois as minhas avós não concordavam com o namoro.
Minha avó paterna queria que meu pai casasse com uma jovem rica, filha de uma sua amiga. Por outro lado, minha avó materna, simplesmente, não queria que minha mãe casasse, pois era sua intenção que viesse a ser a dama de companhia (criada) da futura esposa do filho mais velho (meu tio).
Depois de uma série de aborrecimentos, contratempos, empecilhos, meu pai desistiu de ir namorar em casa de minha mãe. Comunicou-lhe que não iria aparecer mais. Disse-lhe que, no ano seguinte, no dia em que ela completasse 21 anos, telefonaria e perguntaria se queria casar com ele.
E assim foi! No dia 1 de setembro de 1949, meu pai telefona à minha mãe:
- “Parabéns! Feliz Aniversário! Queres casar comigo?”
No dia 22 de outubro, do mesmo ano, meus pais casam pelo Registo Civil, contra tudo, contra todos.
Foi neste casamento que eu nasci, cresci, vivi e aprendi o que é um relacionamento feito de respeito, cumplicidade, companheirismo, compreensão, união, ternura, cuidado, afeto, amizade, AMOR.
Eles conversavam com o olhar. Parece incrível mas até havia transmissão de pensamento entre eles.
Meu pai sempre se confundia quando lhe perguntavam a minha data de nascimento, mas nunca esqueceu a data do casamento.
A única vez que vi meu pai chorar, como uma criança, foi quando a minha mãe teve que ser internada para ser retirado líquido do seu pulmão. Lembro perfeitamente do desespero de meu pai e dele dizer “A mãe não vai morrer, pois não? Ana Paula, eu não sei viver sem ela!”
Comemoram 50 anos de casados.
Meu pai partiu primeiro. Minha mãe, quando viu que eu tinha encontrado alguém que seria para mim, como meu pai foi para ela, também partiu.
Ficaram unidos até que a morte os separou?
O Amor deles foi eterno enquanto durou?
Estava escrito nas estrelas que um menino nascido no Continente Americano e uma menina nascida no Continente Africano iriam conhecer-se e casar no Continente Europeu?
Não sei qual a resposta certa.
Sei que tive o privilégio de ser filha de um casal que, apesar de todas as enormes dificuldades financeiras, apesar das contrariedades familiares, apesar dos obstáculos que a vida resolveu oferecer, sempre teve a preocupação de cuidar, proteger, defender, “mimar” o outro, sempre manteve a união, o amor e a alegria de viver a Vida, a cada dia.

sábado, 8 de outubro de 2011

Amor de Filho

Um aluno tinha a sua avó em coma.
A Professora notou a sua tristeza e chamou-o, à parte, para que ele pudesse desabafar, para que se sentisse à vontade para chorar.
Conversaram, ele chorou bastante, desabafou. A Professora disse-lhe que sempre que sentisse necessidade de ficar só, podia retirar-se da sala de aula.
No dia seguinte, era o funeral da sua avó. Ele compareceu à escola. Participava das atividades desenvolvidas.
A Professora, discretamente, observava-o. Sabia que, muitas vezes, o seu pensamento viajava para fora da sala de aula, para fora da escola.
(imagem tirada da net)
Sua tristeza era visível.
A certo momento, ele levanta-se de seu lugar, dirige-se à Professora e pede se pode retirar-se por um momento.
A Professora autoriza.
Mas ele ainda tinha um favor a pedir:
“Não telefone à minha mãe, dizendo que estou muito triste. Ela está sofrendo muito. Não quero que também sofra por mim.”
Esta criança de 9 anos, apesar da sua enorme dor, estava preocupada com o sofrimento de sua mãe. Amor de filho.
É claro que a Professora não ligou à mãe; porém teve que fazer um enorme esforço para continuar na sala de aula, firme.
Devia ser proibido Criança Sofrer!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Feliz Dia do(a) Professor(a) - em Portugal

Ache essas e outras imagens no site Mensagens & Imagens

[red][b]Mande mais imagens pelo site www.mensagenseimagens.com.br[/b][/red]

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Como sempre...

Parece brincadeira!
Sempre nas primeiras semanas do início do ano letivo, recebo a visita de uma bela gripe.
Lá acordei hoje “bem acompanhada”!
E como o dia custou a passar… sempre a espirrar… a tossir…
Espero que, durante o fim de semana, ela resolva partir.
Pois bem, e já acabou o primeiro mês de mais um ano letivo. As papeladas continuam a ser feitas, as avaliações dos docentes já andam na reta final, o acordo ortográfico já dá que falar (ou melhor, escrever), vive-se um ambiente de grande e boa partilha entre colegas e, o principal, meus alunos “cresceram”. E cresceram não só em estatura mas, também, emocionalmente. É muito bom ter a oportunidade de observar o desenvolvimento desses seres que deixam a sua marca na nossa vida, cada um à sua maneira.
Cada ano de escolaridade tem as suas próprias características, as suas particularidades. Já lecionei nos 9 anos (séries) iniciais mas tenho um particular gosto no 4º ano. Já expõem os seus argumentos, apresentam as suas reivindicações, participam mais ativamente nas aulas. Realmente, estão crescidos!
Queria aproveitar para agradecer a todos que deixaram seus comentários no post anterior. Muito obrigada pelo carinho, pelas bonitas palavras.
Muito em breve, estarei a “passear” pelos seus espaços sempre tão agradáveis.
Até já!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Trégua


(imagem tirada da net)
Aproxima-se o início de um novo ano escolar, por estas bandas e, com ele, as reuniões, os programas, os projetos, as planificações, as metodologias, as estratégias...
Portanto, é capaz que ande um pouco ausente deste meu cantinho.
Mas eu volto!
E, ao voltar, vou visitando os meus Companheiros de Pensamentos.
Apenas peço um pouquinho de compreensão a todos.
Não estão esquecidos mas os meus "pequenitos" têm a prioridade.
Até breve, muito breve!

sábado, 3 de setembro de 2011

Era uma vez uma jovenzinha

(imagem tirada da net)
Era uma vez uma jovenzinha que tinha que escolher qual o caminho a seguir para obter a sua futura profissão.
Quando era criança, sonhava em ser professora e suas colegas diziam-lhe que ela tinha muito jeito em explicar-lhes as matérias em que tinham dificuldades.
Certo dia, a jovenzinha resolveu aconselhar-se com uma professora que já possuía muitos anos de profissão e perguntou-lhe o que acharia de seguir a sua profissão. Imediatamente, a velha professora respondeu-lhe que tirasse isso da ideia e enumerou uma série de motivos como: salário baixo, muito trabalho, alunos malcriados, cansaço, enfim, concluiu afirmando que toda a paixão inicial desaparece totalmente com o passar dos anos.
A jovenzinha saiu desse encontro muito pensativa, pois ela já sabia que teria que trabalhar para ajudar a manter a casa, juntamente com seus pais que eram muito pobres e, portanto, tinha que pensar muito bem com respeito ao salário que viesse a receber.
Depois de muito refletir, optou por uma outra profissão que também gostava.
E assim, a jovenzinha concluiu o curso profissional e logo começou a trabalhar.
Os anos foram passando e, apesar de gostar do que fazia, sentia que não estava a acrescentar nada à sua vida. Apenas trabalhava por um salário.
Resolveu voltar a estudar e inscreveu-se no curso que a prepararia para poder vir a ser uma professora.
Como as crises também existiram noutros tempos, a jovenzinha viu-se desempregada pois seus patrões alegaram que, sendo solteira, não tinha tantas responsabilidades (mal sabiam eles que ela era o arrimo de família!).
A jovenzinha passava os dias aflita para conseguir algum trabalho na área em que ela sempre tinha trabalhado.
Sempre que voltava a casa, desanimada por não ter conseguido arranjar nada, o seu pai, seu grande amigo e muito sábio, sugeria que ela tentasse outra área; afinal, já tinha concluído o seu recente curso: já podia trabalhar como Professora.
Tantas vezes ouviu seu pai repetir a mesma coisa que, um dia, arriscou e procurou uma escola para trabalhar.
A Diretora, mesmo sabendo que não tinha experiência, atribuiu-lhe uma turma de 1º ano.
Lá foi a jovenzinha, cheia de expectativa, conhecer seus novos alunos e aplicar tudo o que tinha aprendido.
Ao chegar em casa, ao fim do dia de trabalho, a jovenzinha desatou a chorar e a desabafar com seus pais:
- Não é justo! Como o mundo pode ser tão cruel para as crianças! Elas não pediram para nascer! Meus alunos não têm famílias estruturadas, não recebem nenhum afeto nem apoio de seus pais, muitos deles têm os pais na prisão, mães na prostituição. Essas crianças passam fome em casa, pois a única refeição que fazem, é a da escola. Como é possível haver tantas crianças a sofrer?
A mãe dessa jovenzinha abraçou-lhe, pois um abraço de mãe vem sempre repleto de conforto, de calma, de paz e faz sempre um enorme bem.
O pai esperou que a jovenzinha se acalmasse e então, falou:
- Minha filha, não vais mudar o mundo! Só tens duas opções: ou não voltas nunca mais para uma sala de aula; ou fazes com que os teus alunos, naqueles momentos que estão contigo, possam ter momentos únicos de atenção, de afeto, de compreensão, de justiça, de ensinamentos; enfim, que possas dar sempre o teu melhor para eles, enquanto estiveres com eles.
A jovenzinha cresceu e tornou-se numa velha Professora e quando alguém lhe pergunta se deve seguir a sua profissão, ela, sorrindo, responde:
- Claro que sim! É uma profissão onde não vais ter grandes salários, vais ter muito trabalho, dias de muito cansaço, mas, em compensação, estarás sempre a conviver e a contribuir para formares o Futuro e esse Futuro vai sempre receber-te, a cada dia, com olhos vivos, brilhantes e sinceros sorrisos.

Feliz Ano Letivo!

Obrigada!

Recebi este selinho da Maria que mantém os seguintes blogues: Divagar sobre tudo um pouco e VIAJAR é alargar os nossos horizontes; blogues estes que recomendo vivamente, assim como recomendo todos aqueles que estão do lado esquerdo do meu blog, sem exceção.
Já agora queria aproveitar para agradecer a todos aqueles que acompanharam "Recordar é Viver" e que deixaram lindos comentários.
No início, comecei por apenas recordar meus sentimentos mas depois pensei que podia ir um bocadinho além: podia tentar proporcionar que todos aproveitassem para "viajar" um pouquinho. Assim fui colocando links para que, quem quisesse, realizasse uns "passeios virtuais" e para que as minhas amigas pudessem rever ou ver algo novo que não tivessem notado.
Mais uma vez, muito obrigado por todas as belas palavras que deixaram.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Recordar é Viver (Parte 13 - Final)



Há um ano atrás vivemos o mais triste dia das nossas férias.
Levámos as nossas amigas ao aeroporto para que regressassem à sua casa, ao Brasil.
E como foi duro!
Tentámos manter-nos fortes pois afinal tínhamos vivido ótimos dias e sempre existe a esperança de um reencontro mas … quando elas partiram… não deu para segurar…
O nosso caminho de retorno a casa foi silencioso.
O carro estava vazio dos risos, da alegria.
A nossa casa ficou, de repente, oca.
O Tejo correu, a procurar, por todos os lados, as suas amigas.
O Kibon parou a fixar-me, como se quisesse dizer: “- Então? E elas?”
Não conseguimos continuar em casa. Parecia que aquele silêncio, de repente, martelava nossa cabeça.
Meu marido sugeriu: “- Vamos almoçar naquele restaurante brasileiro, “Caipirão”; assim, pelo menos, ouvimos aquele sotaque brasileiro.”
E assim foi.
Aos poucos, a conversa foi chegando e o assunto, claro, foi sobre todos os momentos que vivemos nesses 13 dias. (Coincidência: só agora tomei noção do número: 13 = o número que meu pai mais gostava.)
Costuma-se dizer que para você conhecer de verdade uma pessoa é preciso viajar com ela.
De certa forma, tem uma razão de ser.
Conviver 24 horas sobre 24 horas com alguém, dividindo o espaço, partilhando decisões, preferências, conversas, procurando caminhos, perdendo-se nas estradas, andando contra-mão, acordando ao som de um sino, esbarrando com animais peludos e malucos, e sempre mantendo a boa disposição, a alegria, a simpatia…
Só mesmo de acordo com Ernest Hemingway: “Nunca viaje com alguém que você não ama.
Nós amamos vocês. Foram dias inesquecíveis. Constantemente, lembramos esses momentos e vivemos planejando os próximos.





Nota: No post anterior e neste, coloquei aqueles fadistas que nos encantaram na noite em que a Alice comemorou seu aniversário, na Casa de Fados “A Parreirinha d’Alfama”.
No post anterior, não tive muito por onde escolher, apenas selecionei o que se via ou ouvia melhor.
Neste, a escolha foi intencional:
- Luis Tomar a cantar sobre Coimbra, tão especial para a Alice, Terezinha e para mim.
- E um pequeno documentário sobre a grande Senhora Argentina Santos, cantando “Vida Vivida”; pois “afinal o tempo fica, a gente é que vai passando”.

E do outro lado do oceano, no presente;

- A Li "diz":

Amiga,
Como toda história tem o momento da partida. A partida muito cedo foi coberta de despedidas, de histórias e promessas de um dia nos revermos. A despedida do Tejo e do Kibon, até hoje dói no meu coração. Eu sentia que o Kibon parecia entender que nós estávamos indo embora. A saudade de seus carinhos, das lambidas calorosas do Tejo foram a grande tristeza da separação dos bebés. O Noel também acordou cedo para nos despedirmos. Mas a tristezas foi nossa companheira. A passagem no guichê para entrar no reservado foi uma dor imensa. Nós estávamos divididas com a dor da partida e a saudade de quem estava a nos esperar. Ficamos um tempo sem conversar, perdidas em pensamentos. Quando entramos no avião e nos acomodamos, recomeçamos a conversar e fazer a retrospectiva das últimas alegrias vividas. Claro que as lágrimas nos abordaram teimosas. Tentei dormir para esquecer, mas nesses momentos os fados invadiam minhas lembranças e voltava a chorar. A alegria do Carlos, com suas brincadeiras alegres, da Ana nos provocando com suas tiradas alegres eram as recordações que vinham na lembrança. Aliás, chorar para mim é algo que não entendo porque acontece. Gostaria de ser forte e resistir às lágrimas, para não parecer uma criança. O número 13 é de Maria, Mãe de Jesus. Dia de 13 de maio é aniversário de Maria, por isso é um número positivo, carregado de amor e doação. Assim os 13 dias vividos com tanta alegria tem origem no poder do amor de Maria. Saímos de Portugal com a certeza que deixamos irmãos e não apenas amigos. Após um convívio tão próximo, nos dias de verão "de Sobreiro"...rs...sentimos que..."há mais coisas entre o céu e a terra do que imagina a nossa vã filosofia". Com certeza nossa afinidade parece não ser deste momento da vida e sim pelo parentesco espiritual que Deus nos permitiu descobrir tão de perto. Agore deixemos a tristeza de lado e vamos empenhar forças no próximo encontro aí em Portugal ou aqui no Brasil. A saudade serve para nos empurrar para novos momentos maravilhosos!!!! Aqui deixo os meus agradecimentos a vocês que nos receberam com tanto amor e dedicação, nos trataram tão afetivamente, a Ana pela alegria, inteligência, despreendimento, capacidade de doação e desapego por tudo que nos proporcionou, por ceder o cantinho de vossa casa para nos recepcionar. Os cantores fadistas e músicos, ao Sr Fortuna e a todos que nos atenderam, como garçons, recepcionista, orientadores, vendedores, os vizinhos de Sobreiro, pessoas que nos ajudaram a encontrar lugares, amigos que criamos, a todos enfim. SAUDADE!!!!!!!!!!  A palavra saudade é singular, mas representa um plural de sentimentos! Beijos!


- E a Te "diz":

ANA
O CARNAVAL BRASILEIRO POSSUI UMA MÚSICA MUUUUUUUUUUUUUUITO FAMOSA QUE FALA DA DESPEDIDA.
TODAS AS VEZES QUE NOS DESPEDIMOS DE ALGUÉM, ENCERRAMOS UM BAILE DE CARNAVAL OU UM BAILARICO QUALQUER, LEMBRAMOS COM CARINHO DA INESQUECÍVEL MÚSICA DE EMILINHA BORBA:"

"Quem parte leva
saudades de alguém, que fica chorando de dor.
Por isso não quero lembrar
quando partiu meu grande amor.
Ai, ai, ai, ai está chegando a hora.
O dia já vem raiando meu bem e eu tenho que ir embora.
Ai, ai, ai, ai está chegando a hora.
O dia já vem raiando meu bem e eu tenho que ir embora."
LEMBRA?????
MAS CANTAR A MÚSICA É SEMPRE FÁCIL, O DIFÍCIL MESMO, FOI A DESPEDIDA.
DE REPENTE, DEPOIS DE DIIIIIIIIIAS SORRINDO TIVE UM GRANDE ACESSO DE CHORO.
ESTAVA AMANHECENDO AQUELE DIA 29 DE AGOSTO E UMA GRANDE SEPARAÇÃO IA NOS ACONTECER. DEPOIS DE 11 ANOS ÍAMOS NOS SEPARAR NOVAMENTE!!
SABE ANA, ANTES DE EMBARCAR PARA PORTUGAL, COLOQUEI NA MINHA CABEÇA QUE PODERIA SER A ÚLTIMA VIAGEM. E FOI POR CAUSA DESTE PENSAMENTO QUE EU PROCUREI APROVEITAR CADA MOMENTO COMO SE FOSSE O ÚLTIMO. FIZ TUDO O QUE QUERIA, PENSANDO QUE SE NÃO VOLTASSE AO MENOS TINHA APROVEITADO MESMO. E APROVEITEI!!!!
ME DESPEDIR LOGO CEDO DO KIBON E DO TEJO CORTOU O MEU CORAÇÃO. O CHORO TEIMAVA EM NÃO PARAR. DEPOIS,A TRISTEZA EM ME DESPEDIR DE SOBREIRO, MAFRA... LISBOA.... TUDO PREENCHIDO COM MUUUUUUITA DOR NO CORAÇÃO!!!!!!
AÍ, CHEGAMOS AO GUICHÊ QUE SEPARA QUEM FICA E QUEM PARTE. LEMBRO-ME QUE OLHEI PARA TRÁS E GUARDEI NA MINHA MEMÓRIA A TUA ÚLTIMA IMAGEM, E PARTI.
NESTA HORA ATÉ O VOO LEVANTAR, VINHAMOS CONVERSANDO SOBRE TODA A FELICIDADE QUE VIVEMOS EM PORTUGAL E TODA A SAUDADE DE QUEM ESTAVA NOS ESPERANDO EM CASA.
DEPOIS DE MAIS DE 9 HORAS DE VOO. CHEGAMOS AO BRASIL!!!!!!
E AGORA????? SERÁ QUE UM DIA VAMOS VOLTAR À PORTUGAL???? SOMENTE DUAS VONTADES FARÃO ISSO ACONTECER, OU SEJA, A NOSSA FORÇA DE VONTADE E A VONTADE DE DEUS.
ENTRETANTO ME CABE HOJE AGRADECER MUUUUUUUUUUUUUUUITO A VOCÊS, POR TUDO QUE NOS FIZERAM. TODOS OS PASSEIOS, OS ALMOÇOS, OS JANTARES, AS CONVERSAS, AS MÚSICAS, OS NOVOS AMIGOS, AS HISTÓRIAS, AS LENDAS, OS MONUMENTOS HISTÓRICOS, ......
QUERO TAMBÉM AGRADECER AOS AMIGOS QUE SÃO TEUS E QUE DE REPENTE ACABARAM SENDO NOSSOS TAMBÉM: A QUERIDA MANUELA, O ESTIMADO SR FORTUNA, AS PESSOAS SIMPÁTICAS QUE CONVERSAMOS NA ALDEIA DE SOBREIRO E A TODOS OS TEUS AMIGOS DO BLOG QUE AMAVELMENTE JUNTARAM-SE A NÓS NAS RECORDAÇÕES DESTA MARAVILHOSA VIAGEM. MUUUUUUUUUUUUITO OBRIGADA, VOCÊS SÃO MUUUUUUUUUUUITO ESPECIAIS!!!!!
ANA, MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO OBRIGADA POR TUDO.
QUE DEUS TE ABENÇOE E TE DEVOLVA EM DOBRO TODAS AS ALEGRIAS QUE CONSTRUÍSTES PARA MIM E PARA A LI. TENHO CERTEZA QUE SE VOCÊ NÃO TIVESSE ESTUDADO, ELABORADO, ORGANIZADO, REPROGRAMADO E EXECUTADO TODO O ROTEIRO DA VIAGEM, A NOSSA ALEGRIA NÃO TERIA SIDO TÃO BACANA COMO FOI.
PARABÉNS AMIGA. PODE SER QUE APOSENTADA DA FUNÇÃO DE PROFESSORA POSSAS CRIAR UMA EMPRESA DE TURISMO, DA MAIOR QUALIDADE!!!!! HI HI HI
SE A MINHA VONTADE TIVER PESO, JUNTO A VONTADE DE DEUS, EU VOLTO!!!!!!
BEIJOS DA TEREZINHA DO BRASIL!!!!!!

domingo, 28 de agosto de 2011

Recordar é Viver (Parte 12)


Fadista Ana Maurício
Há um ano atrás, depois de uma noite fantástica, parece que acordámos com uma ressaca “emocional”. A companhia fantástica do Sr. António Fortuna, um convívio alegre, rico de conhecimentos e simpatia, aliado a vozes distintas, numa Casa de Fados na Alfama, foram ingredientes para acordarmos em êxtase.
Nem queríamos pensar que, em breve, chegaria o fim destes dias especiais…


Fadista Maria do Carmo

Meu marido carregou-nos para uma voltinha pela Ericeira. Um passeio breve, talvez mais para apanharmos aquela brisa do oceano e voltarmos a por os pés em terra.
O almoço foi mais uma sardinhada em casa, para alegria de todos, principalmente dos canitos que já tratavam as minhas amigas por “tu”.
A seguir, fomos encontrar-nos com uma colega minha e grande amiga, Manuela, que aproveitou para fazer-nos uma visita guiada pelo Jardim do Cerco, apresentando-nos as "suas" árvores especiais. Como é próprio da minha amiga Manuela, ela trouxe um miminho para as amigas Li e Te.
Para quem quiser "espreitar" esse belo jardim, basta clicar AQUI.
Mas ainda faltava uma visita que não podíamos deixar passar, pois quem vem à região saloia não pode deixar de visitar a Aldeia Típica do José Franco e comer o “pão com chouriço”.
E assim foi, com a Te a filmar todos os detalhes desta aldeia (aliás, ela fez milagre pois conseguiu “multiplicar” a capacidade de memória da sua máquina).

Depois de uma visita bem minuciosa, chegou a hora dos preparativos para a partida do dia seguinte:
- passar na Pastelaria “7 Momentos” para ir buscar uns docinhos portugueses para quem ficou, no Brasil, cheio de saudades das suas filhotas e manas;
- fazer as malas (para muita tristeza nossa);
- e não esticar a noite pois era necessário acordar bem cedinho para não perder o avião (não que eu me importasse que elas o perdessem…).

Fadista Tina Santos

E do outro lado do oceano, no presente;

- A Te diz:

ANA

É ANA, ESTÁVAMOS DE RESSACA CULTURAL!!!!! LEMBRO QUE ESTÁVAMOS SENTADOS NO CAFÉ EM ERICEIRA, TODOS EM SILÊNCIO, E PARECIA QUE O SOM DA NOITE ANTERIOR AINDA RESSOAVA EM NOSSOS OUVIDOS, E AS LEMBRANÇAS TEIMAVAM EM NÃO IR EMBORA E NOS DEIXAR TOMAR O CAFÉ DA MANHÃ. FOI DEMAIS!!!!!!!!!!!!
REALMENTE, O SENHOR ANTÓNIO FORTUNA É UMA COMPANHIA FANTÁSTICA!!!!! ELE SOUBE PERFEITAMENTE ESCOLHER UM LOCAL ONDE HAVIA A MUSICALIDADE DO FADO SEM OS MODISMOS ATUAIS. UM FADO PARA INUNDAR OS OLHOS E OUVIDOS!!!!!
MAS O DIA JÁ ERA OUTRO E PRECISÁVAMOS CONHECER ALGO EM SOBREIRO, AFINAL TÍNHAMOS SOMENTE MAIS ESTE DIA PARA VIVER MAIS ALEGRIAS EM PORTUGAL.
A ALDEIA DE JOSÉ FRANCO É MUUUUUUUUUUUUUITO LEGAL!!!!!!! É O RESGATE DAS TRADIÇÕES PORTUGUESAS QUE NÃO PODEM MORRER. É CONHECENDO O PASSADO QUE PODEMOS ENTENDER O PRESENTE E VISLUMBRAR O FUTURO.
E AQUELE PÃO DE CHOURIÇO QUENTINHO????
ANA, COMO SE COME BEM EM PORTUGAL, NÃO????
DEPOIS, A PARTE MAIS TRISTE. ARRUMAR AS MALAS!!!! PASSAR A ÚLTIMA TARDE E NOITE EM PORTUGAL E AGUARDAR O NOSSO VOO NO DIA SEGUINTE.
É, TÁ NO FINZINHO!!!!!!!

BEIJOS DA TEREZINHA DO BRASIL!!!!!!


- A Li "diz":

Ana,
Neste dia meu corpo e alma estavam sob efeito das músicas e fados da noite anterior. Sentia as músicas vibrando em meus ouvidos como eco da noite anterior. Esses artistas maravilhosos , cada um com seus particulares, cada qual com tons e coloridos da alma, como pássaros que chilreiam nas tardes de verão.
Viverei anos e terei sempre vivo estas vozes em meu ser. Passear em Eiriceira foi um bálsamo ao coração. O café silencioso já demonstrava a tristeza que era verdadeira a partir de agora. Conhecer a amiga Manuela, amiga de Ana Paula, que nos estimulou através de imagens a visitar Portugal. Tivemos imenso prazer em encontrá-la. Grande apreciadora da natureza local, nos deu uma verdadeira aula de ciências e de sensibilidade às árvores do Jardim do Cerco. Amei conhecê-la, pois além de simpática, é amorosa e de grande generosidade. Desejo revê-la um dia. A sardinhada em casa junto à família, foi o almoço de despedida, um certo ar de tristeza pela partida, mas a certeza de um dia voltar. O carinho dos canitos, o tom delicioso e o afeto, foram a constante. Foi delicioso e aconchegante, familiar e saboroso. O passeio na Aldeia de José Franco foi mais um momento de pura saudade e valorizaçao da tradição saloia. Neste momento a saudade começa a apertar, a tristeza teima em se chegar. Ainda fomos a Pastelaria "7 Momentos" e enchemos as malas de doces deliciosos, tentamos levar para o Brasil a parte mais doce das terras dos meus antepassados. Apesar da saudade de quem ficou no Brasil, já sentíamos a saudade da partida de Portugal. Até Noel (o canarinho)ficou na minha saudade. Neste dia ele até demonstrou a saudade que ia nos deixar. Noel deu um trinado de boas-vindas e de saudade. Meu coração começou a ficar apertado. Mas em toda tristeza há momentos de satisfação como o pão de chouriço da aldeia de José Franco. DELIIIIICIIIIIOOOOOSOOOOOO!!!!!! Preciso repetir esse saboroso pão. Como também aqueles maravilhosos pastéis de Belém. Estes pastéis são de um paladar digno de anjos!! Nesta noite fizemos as malas para o retorno ao Brasil. O preparo das malas foi um capítulo a parte, tentar colocar numa mala todas as lembranças e saudade, junto com roupas e acessórios, deixou-a mais pesada que o esperado, mas nada fora do permitido. Aqui começa a saudade de um história rica e feliz. E o fim se aproxima... a lembrança de momentos tão lindos nos ajuda a superar as adversidades da vida cotidiana! Obrigada amiga por nos proporcionar tantos momentos lindos.  Beijos

sábado, 27 de agosto de 2011

Recordar é Viver (Parte 11)


Há um ano atrás (assim como hoje) era o aniversário da Alice e, logo de manhã, ela foi presenteada por duas grandes lambidas, bem caprichadas, dos “meigos” Tejo e Kibon.
Apesar do aniversário ser dela, todos estávamos bem ansiosos para que chegasse logo à noite, pois todos nós iríamos, pela primeira vez, a uma Casa de Fados.
Mas antes de anoitecer, ainda havia muito tempo para passear e lá fomos com destino à capital, mais precisamente, a Belém.
Antes de visitarmos alguns monumentos maravilhosos dessa zona tínhamos que apresentar, às minhas amigas, outra maravilha portuguesa: os pastéis de Belém (claro).
Houve sempre algo que encantou-me neste meu país. É que, apesar de ser tão pequeno, cada região dele está repleta de maravilhas; sejam arquitetónicas, históricas, naturais ou gastronómicas.
Após saborearmos alguns pastéis de Belém, de admirar o interior da Pastelaria com seus azulejos, decoração e cozinha, dirigimo-nos ao Mosteiro dos Jerónimos, "Património Cultural de toda a Humanidade". Para quem quiser “visitar” este belo mosteiro, basta clicar aqui.
Depois fomos apreciar o Padrão dos Descobrimentos.
Mas o que a Li estava “sedenta” de visitar era a Torre de Belém.

Clicar na foto para fazer
 uma visita virtual
E como foi prazeroso ver o seu semblante.
Os seus olhos pareciam autênticas máquinas de filmar, absorvendo todas aquelas imagens. Parecia que estava a receber um presente há muito esperado e, por ser muito esperado, ia desembrulhando aos poucos para que nada se perdesse, nada se quebrasse.
Se foi bom para ela, foi muito mais para nós ao ver aquela enorme satisfação.
E a satisfação foi tanta que subiu até ao último piso da Torre, com a Te e com o meu marido.
E eu? Não, muito obrigada. Subi aquela imensa escada em caracol quando era criança, mas essa experiência ficou bem gravada na minha mente. Para mim, bastou apenas essa vez. Eu fiquei tranquila, no terraço, à espera deles.
Com toda a animação, a hora do almoço já ia longe mas, a alma bondosa da D. Fátima, do Restaurante “Santo Antão”, em Lousa, providenciou conforto para os nossos estômagos.
Depois de bem confortados, resolvemos levar as minhas amigas ao Jardim da Paz – Buddha Eden Gaden, do Comendador José Berardo. Infelizmente houve um pequenino contratempo: tinha acabado de fechar (apesar de estarmos no Verão, encerrou às 18 horas…)
Regressámos a casa e começámos a nossa preparação para a grande noite.
Na hora combinada (bem… atrasámos uns minutinhos… afinal… três mulheres… ), encontrámo-nos com quem iria apresentar-nos a “Parreirinha d’Alfama”: Sr. António Fortuna, produtor artístico.
E assim fomos para a nossa primeira visita a uma Casa de Fados com uma companhia fantástica; repleta de sabedoria, de histórias vividas na primeira pessoa.
Na “Parreirinha d’Alfama”, depois de um belo jantar, regado a um bom vinho, ouvimos vozes lindas: Maria do Carmo, Ana Maurício, Tina Santos, Luiz Tomar e Argentina Santos, a proprietária da Casa.
Por fim, estes Fadistas uniram-se para cantar os “Parabéns a Você” à minha amiga Alice.
Quanta emoção! Que noite maravilhosa!

E do outro lado do oceano, no presente;

- A Te "diz":

ANA
É ESTE DIA FICOU INESQUECÍVEL NAS NOSSAS MEMÓRIAS!!!!!!!!TODOS OS DIAS FORAM MARAVILHOSOS, MAS ESTE FICARÁ GUARDADO EM SUAS MINÚCIAS EM NOSSAS LEMBRANÇAS.
ERA O ANIVERSÁRIO DA LI E LOGO CEDO OS PARABÉNS DE TODOS NÓS, DOS BEBÊS E AS FLORES DERAM UM AR DE QUE O DIA SERIA MEEEEEEEEEEEESMO ESPECIAL.
DEPOIS LISBOA!!!!!!!!!!!!! MOSTEIRO DOS JERÔNIMOS, PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS, PASTÉIS DE BELÉM (O QUE É AQUILO????? QUE DELÍCIA)PRECISAMOS VOLTAR LÁ!!!!
AÍ CHEGOU O LUGAR QUE A LI DESEJAVA A MUUUUUUUUUUUUUUUITO CONHECER, A TORRE DE BELÉM. EU JÁ A TINHA VISTO, MAS A LI TINHA UM SORRISO QUE TEIMAVA EM NÃO SAIR DO SEU ROSTO. COMEÇAMOS A SUBIR AS ESCADAS E A CADA ANDAR CONHECÍAMOS UM POUCO MAIS. QUANDO CHEGAMOS NO PENÚLTIMO ANDAR, A LI DISSE: - "TÊ, ACHO QUE NÃO VOU SUBIR ATÉ O ÚLTIMO POIS ESTOU CANSADA." IMEDIATAMENTE LHE RESPONDI: - AH, VOCÊ VAI SUBIR SIM!!!!!!! VOCÊ NÃO SABE SE UM DIA VAI PODER VOLTAR AQUI PARA VER O ÚLTIMO ANDAR!!!! PODE DESCANSAR QUE VAMOS SUBIR SIMMMMMMMMMMMMMMMM!!!!!! E DITO E FEITO. SUBIMOS AO TOPO E REALMENTE FOI UMA DAS IMAGENS MAIS LINDAS DO RIO TEJO E DE UMA PARTE DE LISBOA!!!!!!! VALEU O ESFORÇO E AS FOTOGRAFIAS QUE TROUXEMOS PARA RECORDAR!!!!!
AGORA, O MELHOR ESTAVA RESERVADO PARA A NOITE!!!!!! PARREIRINHA DA ALFAMA. TODO TURÍSTA QUE TEM VONTADE DE CONHECER UMA CASA DE FADOS PRECISA CONHECER ESTE LUGAR!!!!!! CADA MÚSICA, CADA ARTISTA E SEUS TALENTOS. FOI DESLUMBRANTE.
ANA, TENHO QUE TE CONFESSAR UMA COISA. QUANDO ENTREI NA PARREIRINHA E JÁ NA PORTA ENCONTREI A SENHORA ARGENTINA SANTOS, DONA DO ESTABELECIMENTO, E DESCOBRI QUE ELA IA CANTAR, CONFESSO QUE ACHEI QUE AQUELA FRÁGIL SENHORA NÃO PUDESSE FAZER UMA SIGNIFICATIVA APRESENTAÇÃO, DIANTE DA SUA IDADE E DA SUA IMAGEM TÃO DELICADA.
QUANDO ESTA SENHORA COLOCOU O XALE E DEU OS PRIMEIROS ACORDES, UI !!! CONFESSO QUE FIQUEI ADMIRADA COM A SUA VOZ, AFINAÇÃO E ENTONAÇÃO. ELA ME ENCHEU OS OLHOS COM A SUA MÚSICA TÃO ENCANTADORA!!!!! APRENDI QUE NÃO DEVO JULGAR PELA APARÊNCIA. SUA FRAGILIDADE APARENTE NÃO ESTAVA PRESENTE NO SEU TOM DE VOZ E NA SUA MAGESTOSA MANEIRA DE SE APRESENTAR EM PÚBLICO!!!!! ELA FOI DEZ, ASSIM COMO AS OUTRAS VOZES.
QUANDO A NOITE HAVIA ACABADO, LEMBRO QUE VOLTAMOS PARA CASA E AINDA FICAMOS CONVERSANDO HORAS, A RESPEITO DO QUE OS NOSSOS OLHOS HAVIAM VISTO E NOSSOS OUVIDOS HAVIAM OUVIDO. PURA OBRA DE ARTE MUSICAL!!!!!!!
É TÁ ACABANDO!!!!!!
BEIJOS DA TEREZINHA DO BRASIL!!!!!!

- A Li "diz":

Querida amiga,
Creio que nunca vivi um aniversário tão lindo e inesquecível como este. Ana, você foi a mentora e criadora de todos os momentos marcantes e inesquecíveis, graças a tua criatividade, nos proporcionou.
Acordar em Sobreiro com tantas emoções,como lambidinhas do Tejo e do Kibon, das flores amarelas lindas, da Ana e do Carlos, já prenunciava o dia maravilhoso que estava por vir. Os meus maiores desejos foram realizados neste dia. Mosteiro dos Jerónimos foi de muita emoção, ao reencontrar o túmulo de Camões, que me surpreendeu ser um homem de baixa estatura, mas de grandeza na poesia e na língua portuguesa.Um grande homem! Como também Vasco da Gama que levou a língua e a nobreza dos portugueses a outras terras. Novamente fiquei enlouquecida com a arquitetura e grandeza das obras de arte alí encontradas, enriquecidas por muitas histórias e lendas. Padrão dos Descobrimentos emocionou. Mas a Torre de Belém foi como voltar ao passado, como estar no túnel do tempo, reencontrando a história e os heróis que ali viveram e trabalharam construindo a história. Lembrei das fotos dos livros de história que li na escola. As sensações por mim vividas foram resultado do presente do qual absorvi minuto a minuto. Gravei cada pedra, cada mirante, cada andar até o último, o maravilhoso e imponente Tejo, a emoção chegava ao lembrar de antepassados que por ali andaram e construiram Portugal e sua gente. Este presente não tem preço! Para acalmar as emoções fomos almoçar no restaurante maravilhoso de Santo Antão, comida maravilhosa e local hospitaleiro. Dona Fátima é cozinheira de pratos deliciosos. A noite foi de emoções ainda mais fortes. Desde jovem alimentei a ideia de  visitar uma casa de fado "castiço". Esse presente devemos ao Sr. António Fortuna, produtor artístico, homem de grande conhecimento da música portuguesa em especial o fado, simpatia, de gentileza, nos levou a "Parreirinha d'Alfama", onde pudemos ouvir vozes maravilhosas a cantar o fado com emoção e grandeza de alma. Senhor António Fortuna foi um amigo que nos permitiu viver uma noite de emoção e saudosismo, muitos fados conhecidos por mim, ao ouvir Amália Rodrigues em minha casa. Quando Maria do Carmo cantou "Foi Deus", comecei a chorar, foi muito forte para mim, foi como se eu estivesse com todos os familiares a cantar junto de mim. Foi o presente que encantou, emocionou e elevou minh'alma. Amigos, gratidão é um sentimento que pulsa no coração com força e alegria. Quando penso em todas as pessoas que movimentaram a vida para construir o dia 27/08/2010,sinto profunda gratidão, do Sr Fortuna, dos músicos, os fadista, pela minha irmã e por vocês amigos Ana e Carlos. Que Deus abençoe a todos e permita que de alguma maneira ele possa construir os sonhos de vocês e torná-los realidade, como fez para mim. Dia mágico!!!!!!!Beijosssssssssssss


BUDDHA EDEN GARDEN