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Companheiros de Pensamentos

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mais Belezas


É incrível como um País tão pequeno tem tanta diversidade de paisagens, de aldeias, de gentes. Sem falar na gastronomia, claro, principalmente dos doces (tão bons!!!)
Em 1999, a bordo de um avião da TAP, lia uma carta de um Grande Amiga e estava escrito:
"Ah! Vê se você aproveita para conhecer, a partir de agora um pouco mais desse país MARAVILHOSO!!! Não vai de "mocorozar" em casa e fazer crochê a vida inteira. Aproveite para respirar um pouco mais os ares da nossa história."
Tenho seguido essa orientação, com um enorme prazer. E para ajudar, casei com um Bom Companheiro de Viagens e da Vida, que também adora "perder-se" por estes caminhos.
Estamos sempre a "descobrir" lugares lindos e com muita História, paisagens espectaculares, doces divinos e pessoas especiais.
Perante todas estas Belezes, ainda não fiz crochê.

Tomar


O Convento de Cristo, em Tomar, pertenceu à Ordem dos Templários. Fundado em 1162 pelo Grão-Mestre dos Templários, dom Gualdim Pais o Convento de Cristo ainda conserva recordações desses monges cavaleiros e dos herdeiros do seu cargo, a Ordem de Cristo, os quais fizeram deste edifício a sua sede.
A Ordem dos Templários prestou um grande auxílio a Portugal, durante os séculos XII e XIII, na luta contra os mouros. Como recompensa, os seus membros foram contemplados com bens e poder político. Mas, no início do século XIV, as suspeitas que recaíam sobre a Ordem levaram a que a mesma fosse extinta pelo Papa Clemente V. A extinção teve efeito em vários países da Europa e os bens da Ordem foram confiscados pelos Estados. Contudo, em Portugal, nem tudo se passou da mesma forma – a questão foi contornada pelo rei D. Dinis, que converteu a Ordem dos Templários em Ordem de Cristo, mantendo os seus membros todos os privilégios adquiridos.
O emblema da Ordem de Cristo, a cruz vermelha e branca, sulcou os mares de todo o mundo nas velas das caravelas e naus portuguesas, durante a época dos Descobrimentos.
A Charola de Tomar baseou-se no tipo de mesquitas sírias, gosto adquirido pelos cavaleiros da Ordem do Templo durante as lides orientais, e por eles aplicada no Ocidente.
É um raríssimo santuário da Alta Idade Média que segue o protótipo da Ermida de Omar (Jerusalém), modelo igualmente aplicado nas Capelas de Eunate (Navarra) e Vera Cruz (Segóvia). No princípio do século XVI, a Charola, oratório dos Templários, foi adoptada como capela-mor do novo templo que então se erigiu, o Convento de Cristo. Nas paredes da Charola subsiste ainda grande série de pinturas sobre madeira, constituídas pelos painéis 'A Entrada de Jesus em Jerusalém', 'O Pedido do Centurião', 'A Ressurreição de Lázaro', 'A Ressurreição, A Ascensão', 'O Baptismo de Cristo' (incompleto) e possivelmente 'A Confissão de Santa Rita'.
Recentemente na tentativa de restaurar estas imagens foram descobertas outras por debaixo, mais antigas. Foi aqui, na Charola de Tomar que foi aclamado o Rei D. Afonso V, em 10 de Setembro de 1438.

Fonte:
“Percursos de Evasão, por terras de Portugal”; e internet.

Sortelha


Coroada por um castelo assente num formidável conjunto rochoso, Sortelha mantém intacta a sua feição medieval na arquitectura das suas casas rurais em granito.
Fazia parte da importante linha defensiva de castelos fronteiriços, edificados ou reconstruídos na sua maior parte sobre castros das antigas civilizações ibéricas. O seu nome deriva da configuração do terreno em rochedos escarpados que envolvem a aldeia em forma de um anel (sortija, em castelhano).
A entrada faz-se por uma porta gótica sobre a qual vê-se um balcão (Varanda de Pilatos), com aberturas por onde os habitantes lançavam na Idade Média toda a espécie de simpáticos projécteis contra os atacantes, incluindo azeite a ferver. Repare ainda no bonito pelourinho, rematado pela esfera armilar, símbolo de D.
Manuel I, e no edifício que foi dos Paços do Concelho, também do tempo daquele rei.
O encanto desta aldeia reside na sua atmosfera medieval, onde as casas todas construídas em granito e geralmente de um só andar, se alicerçam na rocha e acompanham a topografia do terreno.

Fonte:
VisitPortugal (internet)

Monsanto


Monsanto é uma das 17 freguesias do concelho de Idanha-a-Nova. Possui uma área de cerca de 18 hectares. Está localizada na encosta de uma elevação escarpada - o cabeço de Monsanto (Mons Sanctus, como era chamada há muitos anos) - que irrompe abruptamente na campina de Idanha e que, no ponto mais elevado, atinge os 758 metros acima do nível do mar. Nas várias vertentes da encosta e no sopé do monte existem vários lugarejos dispersos, atestando a deslocação da população em direcção à planície.
Na aldeia de Monsanto, a natureza agreste e a construção humana interligam-se com harmonia. Os enormes penedos de granito e as grutas que estes formam, integram-se nas casas, ora servindo-lhes de chão, ora de paredes ou mesmo de tecto.
Perto da Igreja da Misericórdia pode-se apreciar a Torre do Relógio ou Torre de Lucano (séc. XIV), torre sineira onde foi colocada uma réplica do Galo de Prata (troféu atribuído a Monsanto por ter conquistado o título de «a aldeia mais portuguesa de Portugal» num concurso promovido pelo SNI em 1938).
A 3 de Maio realiza-se a Festa das Cruzes que celebra a vitória dos monsantinos num dos muitos cercos, dizem uns que dos romanos, outros dos mouros. As mulheres sobem até ao castelo tocando adufes e cantando. Do alto das muralhas deitam um pote florido, simbolizando o gesto do século passado, quando um vitelo foi lançado aos sitiantes para mostrar a que ponto os sitiados estavam bem providos de víveres. Outra tradição curiosa desta aldeia tem a ver com as “marafonas”, bonecas de pano, e às quais é atribuído o poder de proteger a casa dos seus possuidores contra o mal causado pelas trovoadas, devendo, para tal, ficar deitadas nas camas. São confeccionadas a partir de uma cruz revestida com trajes coloridos. As “marafonas” não têm bocas nem olhos e estão associadas ao culto da fertilidade. Devem ser colocadas debaixo da cama dos recém-casados (como não têm olhos nem boca, nada vêem e nada podem contar). São também usadas pelas mulheres de Monsanto na Festa das Cruzes. Esta festa tem ainda uma particularidade. Quando o 3 de Maio não calha a um Domingo, a data é assinalada por uma cerimónia simples. A grande celebração fica para o Domingo seguinte.

Fonte:
“Portugal: guia de viagens”.

Piódão


A Aldeia de Piódão é considerada uma das mais bonitas do País, classificada como “Aldeia Histórica de Portugal”.
Situada no Centro do País, pertencente ao concelho de Arganil, na encosta da bonita Serra do Açor, é uma das mais antigas aldeias serranas de Portugal.
As suas típicas casas de xisto e lousa, com janelas em madeira de azul pintadas, descem graciosamente a encosta da serra, formando um anfiteatro nesta íngreme serra, sendo por muitos apelidada de “aldeia presépio”. Segundo se diz, a cor azul das portas deve-se ao isolamento da aldeia pois na Loja da aldeia só se vendia a cor azul, pelo que todos os habitantes não tinham de se chatear em escolher a cor.
Piódão é uma aldeia serrana, de feição rural, e acessos difíceis, um excelente exemplo de como o ser humano se adaptou ao longo dos séculos aos mais inóspitos locais.
Nela pode observar-se não só a particularidade da construção e os pormenores das ruas estreitas, com várias fontes de água, mas também a bela Igreja Matriz e a Capela de São Pedro. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição parece tirada do Portugal dos Pequenitos.
A natureza envolvente está quase que em estado puro, observando-se pela região diversas espécies de fauna e flora típicas do local.

Fonte:
“Portugal: guia de viagens” e internet.

sábado, 18 de julho de 2009

"Mágoas da Escola" - Daniel Pennac


"A idéia de que é possível ensinar sem dificuldade deve-se a uma representação etérea do aluno. A sabedoria pedagógica deveria representar-nos o cábula como um aluno tão normal quanto possível: o que justifica plenamente a função do professor uma vez que temos tudo a ensinar-lhe, a começar pela própria necessidade de aprender."
Durante a minha formação acadêmica, sempre questionei meus professores com respeito a este assunto. A nossa formação está direccionada para o aluno "ideal". O aluno que tem uma família estruturada, equilibrada, harmoniosa, com acesso a apoio individualizado e a toda a informação e materiais necessários, que não tem a mínima dificuldade de compreensão, de concentração e de raciocínio e que é completamente bem educado e respeitador das regras.
Será que a nossa formação não devia levar em conta, principalmente, o outro universo de alunos? Aqueles que têm grandes dificuldades de compreensão, de concentração, de raciocínio; já para não falar de todas as outras questões a nível de família (ou a falta de) e tudo o resto.
Mas a realidade tem sido essa. Somos formados para ensinar um ideal de aluno, em vez de sermos preparados para levar os nossos alunos a um IDEAL.
E o que acontece, então, quando entramos numa sala de aula e constatamos que aquele ideal de aluno não se encontra à nossa frente? O que fazemos?
Simples.
-Simples? -pensarão alguns.
Sim, simples. Como num passe de mágica, unimos três pontos: começamos por tentar compreender o que se passa, o que pensa, o que sente esse nosso aluno, tentamos sentir as suas frustações, as suas revoltas; juntamos com tudo o que sabemos, com tudo o que vivemos enquanto professor E ser humano; e, o principal, CONTINUAMOS a estudar, a aprender, a aplicar tudo o que possa contribuir para CHEGAR a esse aluno e transformá-lo num belo IDEAL.
Pois, está bem: mágica! Bela palavra.
Claro que não há mágica nenhuma.
O que há, simplesmente, é muito trabalho, muita dedicação, muito afecto para com todos os alunos e acreditar, fortemente, que eles são os MEUS ALUNOS IDEAIS.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

in "O Vendedor de Sonhos"


Certa vez, houve uma inundação numa floresta imensa. O choro das nuvens que deveriam promover a vida dessa vez anunciou a morte. Os animais grandes bateram em retirada fugindo do afogamento, deixando até os filhos para trás. Devastavam tudo o que estava à frente. Os animais mais pequenos seguiam os seus rastos. De repente, uma pequena andorinha, toda ensopada, apareceu na direcção oposta procurando a quem salvar.
As hienas viram a atitude da andorinha e ficaram admiradíssimas. Disseram: “És louca! O que poderás fazer com um corpo tão frágil?” Os abutres bradaram: “Utópica! Vê se enxergas a tua pequenez!” Por onde a frágil andorinha passava, era ridicularizada. Mas, atenta, procurava alguém que pudesse resgatar. As suas asas batiam fatigadas, quando viu um filhote de beija-flor debatendo-se na água, quase a desistir… Apesar de nunca ter aprendido a mergulhar, atirou-se à água e com muito esforço pegou no diminuto pássaro pela asa esquerda. E bateu em retirada, carregando o filhote no bico.
Ao regressar, encontrou outras hienas, que não tardaram em declarar: “Maluca! Quer ser uma heroína!” Mas não parou; muito cansada, só descansou depois de deixar o pequeno beija-flor num local seguro. Horas depois, encontrou as hienas debaixo de uma sombra. Fitando-as nos olhos, deu a sua resposta: “Só me sinto digna das minhas asas se as utilizar para fazer os outros voarem.”
(Augusto Cury)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Outra vez...


Outra vez, a mesma mistura de sentimentos.
Outra vez, a alegria de receber uma boa notícia.
Outra vez, a tristeza de saber que aquele nosso colega vai para longe de nós.
Outra vez, a angústia da nossa amiga não saber nem para onde vai.
Outra vez, temos sentimentos tão diferentes dentro de nós.
Outra vez, a expectativa de conhecer novos colegas.
Outra vez, a experiência de reiniciar novos relacionamentos.
Outra vez... tudo ... outra vez...
Até quando... outra vez?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

"Querido Ollie" - Stephen Foster


Eu sei que alguém diria: "Puxa vida, agora andam a aparecer um monte de livros a falar de cães!"

Pessoalmente, já li:

"Marley & Eu", de John Grogan;

"Quill - A vida de um cão-guia", de Kengo Ishiguro;

"Amados Cães", de José Jorge Letria;

"Uma vida de cão", de Kim Levin;

"A encantadora de cães", "O melhor amigo do cão" e "As setes idades do seu cão", de Jan Fennel.


"Querido Ollie é a história real de um homem que não gosta de cães, de um cão que não gosta de homens, de uma luta e de uma conquista."


E é uma história sobre um cão que não tem pedigree. Uma história alegre, feliz, hilariante, bonita.

Gosto de cães mas, aqueles que são chamados de: viralatas, rafeiros, cruzados, arraçados, enfim, aqueles que recebem a sigla SRD = Sem Raça Definida; têm algo especial.

Cada cão é único no seu temperamento, na sua personalidade mas os SRD também são únicos nas suas características físicas... e na sua "malandrice".

Eles têm um certo "ar" de malandros, de traquinas, de espertalhões.

Já tive cães com raça definida e ocupam um lugar no meu coração, como todos os outros que tive.

Afinal, desde bebê que sempre tive a companhia de anjos de 4 patas.

Independentemente, de ter ou não pedigree, os cães são basicamente isso: anjos caninos.

"A Profecia Celestina" - James Redfield


Uma leitura interessante que daria tema para muitas horas de boa conversa.


"Quando alguém se cruza no nosso caminho, traz sempre uma mensagem para nós. Encontros fortuitos são coisa que não existe. Mas o modo como respondemos a esses encontros determina se estamos à altura de recebermos a mensagem."


Li, certa vez, que "O Acaso não existe. O Acaso é o pseudônimo que Deus usa quando não quer assinar."

Tenho passado por muitas situações dificéis na minha vida em que sempre aparece alguém, ou acontece algo, que muda o rumo das coisas e, na maior parte delas, para algo melhor.

Alguns diriam que são puras coincidências...

Não sei. Tenho cá minhas dúvidas...