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Companheiros de Pensamentos

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

ESPERANÇA



2012 não foi um dos melhores anos;
porém, também não foi dos piores.
Desta vez, não vou fazer "balanço".
Conseguimos "viver" e espero continuar
a "viver" com o mesmo espírito:
ESPERANÇA!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

sábado, 22 de dezembro de 2012

Boas Festas

DESEJO A TODOS OS QUE PASSAM POR ESTE MEU CANTINHO, UM FELIZ NATAL E QUE 2013 TRAGA MAIS BOAS NOTÍCIAS, SAÚDE (SEMPRE) E TRABALHO/EMPREGO.
 
E MUITO OBRIGADA PELA VOSSA PRESENÇA, PELAS PALAVRAS SEMPRE AMÁVEIS!
 
A "rena" Tejo e o "pai natal" Kibon também desejam aos seus amigos (cães e gatos) uma vida tranquila e carinhosa.
 

sábado, 15 de dezembro de 2012

Sementes

O texto sobre Natal que postei há uns dias foi uma das muitas lições que aprendi com meus pais.
No exercício da minha profissão, preocupo-me em lançar algumas sementes, principalmente no que diz respeito a certos valores.
Na última semana de aulas, pedi aos meus alunos que fizessem um desenho sobre o tema NATAL.
Num dos desenhos, encontrei o seguinte:
"O NATAL NÃO SÃO AS PRENDAS,
MAS SIM A HARMONIA,
A ALEGRIA, A FELICIDADE,
O AMOR, A PAZ,
A FAMÍLIA REUNIDA…"

 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Contos de 250 palavras

Margarida resolveu oferecer, nesta época natalina, um presente muito valioso: um conto!
Pediu cinco palavras e, a partir daí, "montou", "confeccionou" e "embrulhou" carinhosamente cada presente.
Aconselho, vivamente, que conheçam esses contos tão lindos no blog mas tu és tudo e tivesse eu casa tu passarias à minha porta.
É claro que sou suspeita mas... AMEI O MEU PRESENTE, intitulado Depois da primeira queda, já .

E já agora, e porque também tem algo a ver, aí vai uma foto do aniversariante de hoje: o Tejo; ele faz 7 aninhos mas nós é que temos o privilégio de conviver com este meigo e grande PRESENTE.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Um Marco na Arquitetura

"A gente tem que sonhar,
senão as coisas não acontecem."
 
Oscar Niemeyer

domingo, 2 de dezembro de 2012

Natal

- Pai! Mãe! O que é que eu vou receber de presente no Natal? – pergunta a menina de 7 anos, ao entrar saltitando pela sala.
O pai pousa o jornal de domingo e olha para a mãe que tricotava uma camisola para ele.
A mãe retribui o olhar com um sorriso e continua a tricotar, pois já sabia o que viria a seguir; afinal, eram um daqueles casais que conversava com o olhar.
- Presentes? Por quê? – provoca o pai.
- Ora, pai, porque estamos quase no Natal.
- Sim, eu sei que dentro de poucas semanas comemoramos o Natal; mas não sei porque tens que receber presentes no Natal. Diz-me lá: o que é o Natal?
A menininha aconchega-se perto do pai. Olha-o, muito séria, e responde com toda a segurança:
- É o nascimento do Menino Jesus!
- Muito bem, filha! Quer dizer que, no Natal, ao lembrarmos do seu nascimento, estamos, de certa forma, a comemorar o seu aniversário. Concordas?
- Concordo!
- Então, diz-me lá, filha: se comemoramos o nascimento do Menino Jesus, quem é que deve receber presentes?
A menina olha para o pai, observa a mãe, e indecisa, responde:
- O Menino Jesus?
- Acertaste mais uma vez. – diz o pai, sorridente.
- Mas não se pode dar presentes ao Menino Jesus! – reclama a menina, endireitando o seu pequeno corpo.
- Ah, pode-se, pode-se! – interveio a mãe sem tirar o olhar da suas agulhas.
- Como? – questiona a menininha, já bastante confusa – Vocês estão a brincar comigo, não é?
A mãe pousa o seu tricot e com a sua voz calma, esclarece:
- Não, filha, não estamos a brincar. O Menino Jesus gosta muito de receber, de todos nós, como presentes, as nossas boas atitudes, os nossos bons pensamentos…
- O teu bom comportamento. – acrescenta o pai.
- É verdade, filha. – continua a mãe. – Sempre que ajudamos alguém, sempre que trocamos os maus pensamentos por bons, sempre que cuidamos dos animais, sempre que és respeitadora com os professores, sempre que és educada; não só nos deixas muito felizes, como também está a presentear o Menino Jesus.
- E há mais um pequeno detalhe! – intervém o pai – Tu gostas muito do Natal, não é?
- Muito! Adoro! Acho que o Natal tem magia! – diz a menina aos pulos pela sala.
- Exatamente! Podes prolongar essa magia por todo o ano!
A menina, subitamente, pára e sorri ao olhar para seus pais, pois uma ideia iluminou a sua cabecinha:
- Se eu der esses presentes durante todo o ano, vou viver o Natal todos os dias! – ela prepara-se para retomar os seus pulinhos, porém aproxima-se de seus pais com uma grande dúvida. – Mas eu lembro que no Natal passado, recebi um presente. Foi um livro da Anita…
- É verdade, mas também recebeste um livro no mês passado, não foi? – relembra a mãe.
- Foi, até estava embrulhado com um lindo papel e tinha um laço vermelho (eu guardei)!
- Vês? – disse o pai, sorrindo – Não é preciso ser Natal para fazer os outros felizes! E sempre que fazemos os outros felizes, também sentimos felicidade.
- Já volto! – e a menininha dirige-se para a porta de casa.
- Mas aonde vais? – pergunta a mãe.
- Vou viver a magia do Natal. A filha da vizinha está triste porque o pai trabalha muito longe. Vou levar a minha boneca para brincar com ela, assim ela fica feliz e eu também.
Os pais entreolham-se, sorridentes. Tinham conseguido realçar o verdadeiro espírito de Natal.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Presépio

 
Com direito a vaca, burro e cães!
 
 
Os guardas dos Reis Magos com seus camelos.
 




A minha ovelhinha preferida, desde criança; só porque é a única que tem o filhote.

 E a traquinice também está presente!
Dois "gêmeos" e um "quase". Coincidência ou premonição???

 
Um presépio "construído" de 1950 a 1960.
 
A todos os que passam por aqui,
FELIZ NATAL,
TODO O DIA!


domingo, 25 de novembro de 2012

Lendo as Lombadas

Margarida, no seu blog mas tu és tudo e tivesse eu casa tu passarias à minha porta, lançou um desafio que achei um espetáculo: LENDO AS LOMBADAS.
Gostei tanto que acho que abusei... mas aí vai (apenas coloquei a pontuação):

"ADOECER", "COMO UM ROMANCE", "O VELHO QUE LIA ROMANCES DE AMOR".

"A CABANA", ("A CASA NA PRAIA"); "A MORADA DO SER": "UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA"!

"SALA DE AULA: QUE ESPAÇO É ESSE?"
"ENSINAMOS DEMAIS, APRENDEMOS DE MENOS".
"O MUNDO É FÁCIL": "A PAZ TAMBÉM SE APRENDE"!

"TIETA DO AGRESTE", "AMAR DEPOIS DE AMAR-TE".

"A FILHA DO CAPITÃO", "TEREZA BAPTISTA CANSADA DE GUERRA" ("UMA VIDA DE CÃO"); "1KM DE CADA VEZ".

"PROFISSÃO PROFESSOR": "O VENDEDOR DE SONHOS"; "NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS"!

"COMO VENCER NA VIDA SENDO PROFESSOR"?
"APRENDER A APRENDER".
("SE VOCÊ FINGE QUE ENSINA, EU FINJO QUE APRENDO").
"ERA DOS EXTREMOS"!

"MÁGOAS DA ESCOLA".
"O ÚLTIMO SEGREDO":
"ASSINEI O DIPLOMA COM O POLEGAR".

domingo, 18 de novembro de 2012

Cheirinho a Natal!

Hoje comecei a enfeitar a casa de forma natalina. Sempre gostei desta época, não pelas prendas, mas pela história, pelo simbolismo.













Até apareceu o Pai Natal Kibon acompanhado da sua rena Tejo!

sábado, 17 de novembro de 2012

La vita è adesso - Renato Russo



Há 8 anos, após sofrer um aborto espontâneo (ocorrido depois de perder os meus gémeos), enquanto chorava imenso, sentindo-me atirada contra um muro intransponível, uma enfermeira de nacionalidade angolana (e menciono o país porque ele traz-me sempre boas recordações de sua gente) diz-me:
- Olhe, preste atenção; água que cai na areia não se apanha mais.
Agora, só lhe resta seguir em frente com a sua vida!
Palavras simples, acompanhadas por um forte abraço, conseguiram derrubar o muro à minha frente.
Acabaram com o vazio que sentia? Claro que não! Enxugaram as minhas lágrimas? De maneira nenhuma!
Mas permitiram que respirasse fundo. Permitiram que olhasse para o meu marido e visse, também, a sua dor. Aliás, as suas dores: a dor de perder a oportunidade de termos um filho e a dor da sua impotência perante a minha dor.
Nunca mais vi essa Enfermeira, mesmo porque estava para se reformar e, infelizmente, não sei o seu nome.
Gostaria de ter a oportunidade de lhe dizer como aquela frase marcou, profundamente, um momento tão triste.
Gostaria que ela soubesse que a sua frase passou a fazer parte da forma como encaro os muros que podem parecer intransponíveis.
O passado já passou, deixando suas lições agradáveis ou não.
O futuro … quem sabe?
O presente é isso: presente! E como um presente, pode ser o presente pedido ou uma surpresa (boa ou má), mas será sempre um presente que estará nas nossas mãos para dar-lhe a melhor utilidade.
Exatamente, a vida é agora!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

GREVE GERAL

Será que vai fazer alguma diferença?
 
 
"Era uma vez um escritor que morava numa tranquila praia, perto de uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar, e a tarde ficava em casa a escrever. Um dia, enquanto caminhava na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, deitá-las novamente ao oceano. - Por que fazes isso? - perguntou o escritor. - Não vês! - explicou o jovem - a maré está baixa e o sol está a brilhar. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia.
O escritor espantou-se. - Meu jovem, existem milhares de quilómetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Deitas umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai morrer de qualquer forma. O jovem pegou mais uma estrela na praia, deitou de volta ao oceano e olhou para o escritor. - Para esta aqui eu fiz a diferença...
Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano." (desconheço o autor)

Não sei se vai fazer alguma diferença!
Mas eu quero participar daqueles que fazem a diferença!
 

sábado, 10 de novembro de 2012

Gatos

MEUS GATOS
Nunca tive um gato.
Meus pais tiveram um; aliás, eles costumavam dizer que foi o gato que resolveu ir viver com eles. Falavam-me muito dele, pois eu ainda não era nascida.
Era um gato preto, já adulto. Foi batizado com o nome de TUPI.
Naquela altura, viviam quatro cães em casa. Ele deu-se bem com todos, especialmente com um pastor alemão (era na barriga dele que o Tupi dormia).
Bem, com todos, menos um: o “fox terrier”; apesar de nunca se terem enfrentado ou brigado, nunca partilharam o meu espaço. Eles próprios desenvolveram uma “boa” convivência, respeitando o espaço do outro.
O Tupi foi castrado, supostamente, para que ficasse mais “caseiro”. Nada feito. Tupi continuava a dar as suas saídas para namorar ou, simplesmente, para “vadiar”. Passados alguns poucos dias voltava, às vezes, bem sujinho ou com marcas das suas briguinhas. Nesses retornos, a quem é que ele recorria? Pois claro; à minha mãe, para que cuidasse de suas feridas.
Em nenhum momento, Tupi mostrou as garras a qualquer elemento da família e, apesar de nunca terem sido cortadas, nunca arranhou nenhum móvel ou porta de casa.
Meu pai sempre discordou das pessoas que costumavam dizer “gato não conhece dono”; “gato é falso”; “gato não é fiel”; e argumentava com a atitude que o Tupi teve com o meu avô.
Meu avô não gostava de gatos mas isso não era empecilho para o Tupi conquistar aquele que viria a ser o seu “companheiro” de fim de noite.
Tupi levou semanas a colocar o seu plano em ação até conseguir o objetivo: ao terminar do jantar, ficar no colo do meu avô, até ele se recolher ao quarto.
O gato “sabia” as horas que meu pai e avô regressavam do trabalho e ia esperá-los à porta de casa. Quer dizer, ele ia esperar o meu avô. E como havia esta certeza? A certeza de que o Tupi esperava o meu avô surgiu após o falecimento dele. O Tupi, mesmo depois de meu pai entrar em casa, continuava à espera do meu avô. Ficava ainda um tempo a olhar para a porta, por fim, lançava um miado e ia deitar-se no seu canto.
Parecia que a sua razão de viver estava diminuindo. Escusado será dizer que o Tupi também “partiu” pouco tempo depois.
Sempre ouvi meus pais enaltecerem as características dos gatos: independência, personalidade, meiguice, inteligência, higiene…
Por tudo isso, tenho receio de não saber ser uma boa dona de gato, ou melhor dizendo: uma boa companheira de gato.
Sempre tive cães (desde o meu nascimento) e aprendi com minha mãe a melhor forma de os ter, de cuidar, de os ensinar, de os amar. (Com meu pai, aprendi como “deseducá-los”!)
E por quê estou a pensar nisso agora?
Porque o meu marido “atirou-me” a seguinte frase: “Estou com vontade de ter um gatinho…”
Ui!!!
E agora?
Temos dois cães: um com 13 anos e com 12 kilos; e outro com 7 anos e 27 kilos.
E agora?
Saberei ter, cuidar, “ensinar”, lidar com um gato? Pois, AMAR, tenho a certeza que saberei.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Sugestão de Aposentadoria

"Amei" a sugestão do senhor Miguel S. Tavares: as pessoas que tivessem mais filhos, aposentavam-se mais cedo.
 
(Conheço algumas que se aposentariam antes de começar a trabalhar...)

 Quem me conhece sabe o quanto respeito ser PAI / MÃE ... o que é bem diferente de ser APENAS progenitores.

domingo, 4 de novembro de 2012

Caça ao Boi


"Quando um homem deseja matar um tigre, chama a isso desporto; quando um tigre deseja matar um homem, este chama a isso ferocidade." - Bernard Shaw


Acho incrível como escolhem o método mais rápido para resolver um problema causado pelos próprios humanos (?) -
 
MATAR os BOIS!!!

Mas será que não há medidas judiciais para responsabilizar o dono dos animais? E não me venham dizer que não se sabe quem é!

sábado, 27 de outubro de 2012

"GENTE HUMILDE " (Chico Buarque)




Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a tudo quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
É gente humilde que vontade de chorar.

Tenho andado bastante ausente do meu blog e dos blogues dos meus companheiros de "pensasentimentos" e peço desculpas.
Confesso que o meu nível de esperança, neste país, está bastante em baixo.
Cada vez mais sinto-me perdida, descrente, revoltada...
A minha "neura" leva-me a crer que não consigo escrever algo de positivo; portanto não escrevo nada.
(Obrigada pelas vistas e pelas palavras de ânimo.) 

domingo, 21 de outubro de 2012

Visita

Demora para vir mas quando vem... vem bem acompanhada:
comprimido sob a língua, injeção na veia, uma hora e meia no aerosol, rx do tórax e, para finalizar, um coquetel com cinco medicamentos. Ah, valente! Só espero que vá embora rapidinho!!!
Como se não tivesse mais nada para me chatear...
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Dia Internacional do/a Professor/a

(imagem tirada da net)
 
Verdades da Profissão de Professor
"Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda."


  (Paulo Freire)
 


Não ando com disposição para escrever... portanto deixo as palavras de um grande Educador.

domingo, 16 de setembro de 2012

Início de Ano Letivo

Inicia-se um novo ano letivo.
Confesso que este início de ano letivo vem acompanhado de uma grande frustração e revolta.
A grande insegurança que tenho, frente a um futuro próximo tão incerto, deixa-me com uma certa “neura”.
Revolta-me o fato de como sou roubada, constantemente, no resultado do meu trabalho. Até conformava-me com a falta de aumentos salariais mas tirarem-me o que já conquistei… é duro!
Devido às medidas economicistas de um governo que não respeita, nem valoriza a educação, tenho uma turma com o limite máximo permitido de alunos, com dois anos de escolaridade e com alunos que possuem necessidades educativas especiais. Em defesa de uma pseudo economia, prejudicam o percurso dessas crianças que mereciam melhor atenção por parte daqueles que “supostamente” são os doutores da educação.
Para quem sobra?
Para a professora que tem que ser “3 em 1”:
- tem que ser a professora do 3º ano;
- tem que ser a professora do 4º ano;
- tem que ser a professora para atender todas as necessidades educativas especiais dos seus alunos.
E isto tudo, ao mesmo tempo.
É fácil? Claro que não. Mas é frustrante, pois temos sempre a sensação que não fazemos tudo o que eles merecem.
Há algo de positivo nesta situação?
É claro que há: basta entrar na sala de aula, olhar os seus rostos, ouvir as suas risadas, perceber a vontade de aprender, de crescer que os seus olhinhos transmitem.
Como já disse e repito: ainda não nasceu o ministro de Educação que me fez perder a paixão pela minha profissão!
 
(imagem tirada da net)
 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Praça do Leitor

Aceitei participar do desafio de Crónicas On the Rocks, escolhendo a "minha praça".
Já passeei por muitas; já vivi momentos felizes em algumas e já chorei em outras. Já me encatei de outras tantas e já atravessei umas poucas, distraidamente.
E decidi escolher a Praça da Estrela. E porquê esta praça?
Porque fica perto de uma Basílica lindíssima: Basílica da Estrela (ou Basílica e Convento do Santíssimo Coração de Jesus)-
Porque fica em frente de um Jardim que foi marcante na minha infância: Jardim Guerra Junqueiro.
Jardim esse, onde meu pai levava-me todos os domingos (sempre que o tempo permitia) e onde eu comecei meus vôos... no baloiço. Onde passei momentos muito alegres e cúmplices com minha mãe.
Nessa praça, o mundo era tranquilo e a vida, sempre florida.


sábado, 8 de setembro de 2012

Até quando?

 
Estou zangada, desanimada, revoltada, desesperançada...
Quando é que vou parar de ser roubada,
DIRETAMENTE,
no meu salário?
Quando é que vão parar de castigar
aqueles que trabalharam uma vida inteira
e têm pensões de miséria?
Quando é que vou parar de ver tanta insensibilidade,
da parte daqueles que nos governam?
("largam uma bomba" e depois vão ouvir música!)
Quando é que vou parar de ver os números
de desempregados sempre a subir?
Quando é que vou poder planejar,
COM CONFIANÇA,
o meu futuro?
 
(não tenho visitado os meus "companheiros de pensamentos" porque, sinceramente, ando muito desanimada com tudo isto)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Como ensinar?

Narra uma antiga lenda que, certa vez, um rei chamou o homem mais sábio que conhecia para pedir conselhos.
O soberano se preparava para ser pai e desejava orientações a respeito da educação de seus filhos, uma vez que sabia da importância de seu papel como progenitor na vida dos rebentos.
Dize-me, sábio conselheiro, tu que sempre me ajudaste nas questões mais graves na regência deste reino: como deve agir um pai para criar bons filhos?
Deve agir com extrema severidade, a fim de corrigir e dominar os maus instintos, ou com absoluta benevolência - a fim de manter uma boa relação e destacar as boas tendências deles?
Ao ouvir essas palavras, o ilustre filósofo manteve-se em silêncio, pensando, pensando...
Passados alguns instantes de profunda reflexão, chamou um servo e pediu-lhe que trouxesse dois vasos valiosos de porcelana que decoravam o salão real e que ele sabia estavam entre os preferidos do rei.
Pediu também um balde com água fervente e outro com água gelada, praticamente congelada.
O rei estava achando aquilo muito estranho. Inclusive, começou a ficar um pouco preocupado com a movimentação das peças que eram parte do seu tesouro pessoal.
Com naturalidade, o sábio ordenou a um servo:
Quero que enchas esses dois vasos com a água que acabas de trazer, sendo um com água fervente e o outro com água gelada!
Preparava-se o servo obediente para despejar, como lhe fora ordenado, a água fervente num dos vasos e a gelada no outro, quando o rei, emergindo de sua estupefação, interveio no caso com energia:
Que loucura é essa, ó venerável sábio! Queres destruir estas obras maravilhosas? A água fervente fará, certamente, arrebentar o vaso em que for colocada. A água gelada fará partir-se o outro!
O sábio, calmamente, então tomou de um dos baldes, misturou a água fervente com a gelada e, com a mistura assim obtida, encheu os dois vasos sem perigo algum.
O poderoso monarca e os venerandos mandarins presentes, observaram, atônitos, a atitude singular do filósofo.
Ele, porém, indiferente ao assombro que causava, aproximou-se do soberano e assim falou:
Nossos filhos, ó rei, são como o vaso de porcelana. A postura do pai é como a água.
A água fervente da severidade ou a gelada da excessiva benevolência são igualmente desastrosas para a alma das crianças.
Manda, pois, a sabedoria e ensina a prudência que haja um perfeito equilíbrio entre a severidade - com que se pode tolher os maus pendores, corrigir as falhas - e a generosidade, a docilidade - com que se deve tratar e cultivar as qualidades.


domingo, 2 de setembro de 2012

Docência



Agora que começamos um novo ano letivo, seria muito bom que todos os pais pedissem isto aos Professores.
Seria muito bom que o ministério se preocupasse em que os Professores atendessem este pedido.
Com certeza, a sociedade futura seria muito melhor.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Vergonha!


(imagem retirada do blog Professores Lusos)

Hoje, milhares de professores estão à espera para saber se têm ou não trabalho e onde.
Situação que se repete todos os anos.Depois de saberem se têm colocação, e se essa colocação for distante da residência, têm que correr para procurar quarto ou casa para alugar, pois têm que se apresentar na segunda-feira; para além de começar a preparação para as aulas.
Ah, mesmo que a distância seja superior a 100 km, não têm SUBSÍDIO DE DESLOCAÇÃO, não têm AJUDAS DE CUSTO.
E não são só os Professores Contratados que estão nessa situação; são todos os Professores.
Afinal, quem mandou escolher a Profissão de Professor?

terça-feira, 21 de agosto de 2012

GUGA

GUGA

Numa altura em que surgiram algumas notícias sobre “cães perigosos”, gostava de dizer algo sobre a “Guga”.
Guga” era uma cadela, da raça Rottweiler, uma raça considerada perigosa que pertencia a uma prima.
Sempre que visitava a minha prima, eu seguia sempre o mesmo ritual que adopto quando entro em casas que tenham cães (sejam de que tamanho forem), o qual consiste, simplesmente, em “dar um tempo ao cão”. Um tempo para ele aproximar-se de mim, cheirar-me, começar a perceber que não faço mal a nenhum membro da “sua” família.
Depois desse tempo, começavam as festinhas, as brincadeiras e os “abusos” (sempre consentidos por mim).
Provocava a “Guga”, batendo com as mãos no meu peito, para que ela ficasse em pé, nas patas traseiras, enquanto se apoiava com as patas dianteiras na minha cintura. Esta brincadeira, a “Guga” só fazia a mim, à dona e a mais uma pessoa.
Os “abusos” aconteciam quando sentava-me no sofá para conversar com a minha prima. A “Guga” ia-se aproximando, devagarinho, colocava o focinho na minha perna; depois uma pata; a seguir outra; tudo bem devagar, até estar com todo o seu corpo (nada pequeno) no meu colo.
E a “Guga” era assim! Brincalhona, paciente com as filhas de minha prima.
Mas o mais curioso, e o que gosto de salientar, foi o seu comportamento numa certa visita à minha prima.
Entrei na casa, seguiu-se o ritual e lá vou eu, como gostava de fazer, provocar a “Guga” para ficar em pé. Só que ela não se ergueu nas patas de trás.
Insisti, ela ameaça erguer-se mas … senta-se à minha frente. Insisto mais uma vez e ela permaneça sentada. Perguntei à minha prima o que ela tinha, ao que ela respondeu que não sabia. Aí… minha mãe, com toda a sua sensibilidade, respondeu:
- Então, filha, estás grávida! Ela não quer te magoar.
Minha prima e eu olhámo-nos, duvidosas. Será? Talvez… Pode ser…
Sentámo-nos no sofá para uma amena conversa e a “Guga”, como sempre fazia, foi-se aproximando de mim, bem devagarinho; colocou o focinho na minha perna e… SÓ.
Naquela tarde, apenas ficou pelo focinho. Estava confirmado: ela não queria magoar-me; apesar da minha gravidez, na altura, contar APENAS 3 meses.
A gravidez seguiu o seu curso. O tempo passou.
Quando retornei à casa da minha prima, já depois de uns largos meses, quis fazer o teste e lá vou eu provocar a “Guga”. Será que ela aceita a provocação e “abraça-me” pela cintura? Claro que sim e sem hesitação.
Pois é. Aquela cadela, era tão PERIGOSA, que teve a sensibilidade de perceber que dentro de mim, havia mais alguém que precisava de cuidados.
PERIGOSA? De forma nenhuma. Muito pelo contrário: meiga, paciente, inteligente, brincalhona, cuidadosa, sensível.
Não há RAÇAS PERIGOSAS. Há DONOS PERIGOSOS.

sábado, 18 de agosto de 2012

CÃOpanheiros


O meu Kibon já soma mais um aninho.
Certo dia, estava eu dentro do pátio da minha casa, quando aproximou-se um casal amigo ao portão para conversar comigo.
Conversámos, com a companhia do Kibon em pé nas patitas traseiras, apoiado nas minhas pernas.
A certa altura, o meu amigo pergunta "ele morde?", estendendo a mão, por cima do portão, para lhe fazer uma festa.
Como o Kibon nunca tinha mordido ninguém, aliás era muito "dado" com as pessoas, eu preparava-me para responder "não".
Mas, antes de ter tempo para responder, o Kibon resolve tentar morder a mão do senhor; só não mordendo porque, como eu o estava segurando, recuei rapidamente evitando a mordida.
Por quê?
Poderia dar algumas respostas racionais e emotivas. Mas não importa.
Importa ter respeito, cuidado, segurança, carinho para com os nossos CÃOpanheiros, para que eles não causem sofrimentos a ninguém e possam ter uma vida longa e tranquila.

Sempre alertas!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Geraldo Vandré



Pra não dizer que não falei das flores

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Festa da Aldeia

Os meses de julho e agosto têm uma certa magia e, de certa forma, deve-se às festas das aldeias, vilas.
Particularmente, gosto imenso de observar os preparativos: a colocação dos mastros, das luzes, a música a ouvir-se pelas ruas da localidade.
Admiro o trabalho dos jovens a enfeitarem a calçada por onde passa a procissão. Chegam cedinho e levam a manhã toda a transformá-la numa linda visão. E quando, à tardinha, começam a sair os andores tão bem enfeitados e a procissão tem início, é um momento único (apesar de não professar nenhuma religião).
Sem falar dos bolos da festa, dos petiscos e da boa comida. É muito agradável quando aproximamo-nos do recinto da festa e somos recebidos por um “cheirinho” que ajuda a abrir o nosso apetite.
Sim, gosto da festa da "minha" aldeia!
Sim, gosto de ver que os jovens não deixam morrer esta festividade.
Não faço idéia de todo o trabalho que deve envolver toda a preparação e realização mas, a cada ano que passa, fico feliz por toda essa magia que sinto na festa desta aldeia que já a adotei como "minha".

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Será?


Sempre que vejo imagens/notícias de animais abandonados, maltratados sinto um aperto no coração.
Sinto-me impotente.
Gostaria de ter poder, de ter condições para proteger, acolher, tratar todos os animais que perambulam pelas ruas e estradas, que são abandonados por donos imbecis.
Às vezes penso, será que as “bestas” que jogam fora um cão ficam sensibilizadas ao ver essas imagens/notícias?
Será que os desumanos que maltratam um animal indefeso, ao ver essas imagens/notícias sentem algum arrependimento?
Tomara que esteja errada mas… duvido.
Todas essas imagens e/ou notícias só servem para apertar mais os corações daqueles que, verdadeiramente, AMAM os animais.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Jorge Amado faria 100 anos.


Modinha Para Gabriela

Gal Costa

Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, ê meus camaradas!
Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me batizou, quem me lumiou,
Pouco me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!
Eu sou sempre igual, não desejo o mal,
Amo o natural etc, e tal.
Gabriela, sempre Gabriela!
Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, ê meus camaradas!
Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me batizou, quem me lumiou,
Pouco me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!
Eu sou sempre igual não desejo o mal
Amo o natural, etc e tal.
Gabriela, sempre Gabriela!
Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, ê meus camaradas!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Conclusão...



"Então vocês se amam!"
(Simples, não?)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Bodas de Cerâmica - 9 anos


 

Os nossos 9 anos de união matrimonial representam, certamente, que somos um casal sólido, que já passou pelos “sobressaltos” de uma vida a dois. 

A força e estabilidade da cerâmica, cuja peças têm de ser submetidas a altas temperaturas, mas que também têm de ser tratadas com cuidado e delicadeza, simbolizam como deve ser um casamento.


domingo, 29 de julho de 2012

Kibon na rede


Isto é a verdadeira Vida de Cão!
(Bem... pelo menos, deste cão que, em breve, completa 12 anos.)
Mas ele merece, aliás, todos os animais
merecem respeito, cuidados, atenção e
(porque não?) miminhos!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Grande perda!

Para mim, uma grande perda.
Um grande Professor,
um grande Historiador,
uma Pessoa Educada e Sensível.
Fica um enorme vazio.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Dar banho aos CÃES



Por cá, em Portugal, o Verão anda um pouco tímido mas, hoje, até que fez um dia mais quentinho e, então, aproveitei para dar um belo banho aos meus canitos.
E aqui estão as fotos deles após o banho, deitados nas suas toalhas personalizadas; uma oferta de quem ama, verdadeiramente, os nossos cãopanheiros.
E por quê não há fotos do banho?
Porque não havia mãos suficientes para tudo!
Meu marido, com uma mão segurava a mangueira e com a outra, segurava o cãozito, enquanto eu ensaboava-os.
Uma verdadeira operação muito bem articulada!
Por fim, gosto de ver a satisfação deles; até parece que "sorriem"!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Reza - Rita Lee

Rita Lee sempre foi (e continua a ser) única.
Única na irreverência, na sua postura, na sua ideologia, na sua filosofia de vida.
Não há meio termo: ou gostam dela ou odeiam-na.
Eu, apesar de não tê-la como um MODELO,
gosto imenso de seus temas,
gosto da sua irreverência,
gosto daquilo de "não ter papas na língua",
gosto dela.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Percurso Acadêmico

Para exercer a minha profissão, neste país, esperei durante 3 meses para que o Ministério da Educação reconhecesse as minhas habilitações que consistiam, para além das provas do meu exercício efetivo, de:
- uma Pós-Graduação de 2 anos, com aulas durante TODA a semana, NA universidade;
- uma licenciatura de 4 anos, com aulas durante TODA a semana, NA universidade;
- para além de 4 especializações, com os respectivos estágios, realizadas em 4 anos, consecutivos;
- sem falar dos 3 anos de ensino secundário;
- dos 4 anos de ensino fundamental (sistema educacional brasileiro);
- e os 4 anos da (ex) escola primária.
Após análise criteriosa, surgiu o parecer favorável para mim. No meu entender, não poderia ser diferente, pois tudo estava mais do que comprovado com currículos, históricos escolares, notas, etc.
Mas muitas vezes, fico pensando:
Será que "certas" pessoas têm CORAGEM para erguer a cabeça e falar sobre o seu percurso acadêmico?
Será que "certas" pessoas têm a CARA DE PAU de falar sobre hábitos de estudo; sobre o esforço, o cuidado (e até um certo prazer) de elaborar um trabalho sobre os mais diversos temas; sobre aquele nervosismo de defender uma tese frente a Professores Doutores catedráticos?
Será que "certas" pessoas NÃO TÊM VERGONHA NA CARA?