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Companheiros de Pensamentos

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Tomar


O Convento de Cristo, em Tomar, pertenceu à Ordem dos Templários. Fundado em 1162 pelo Grão-Mestre dos Templários, dom Gualdim Pais o Convento de Cristo ainda conserva recordações desses monges cavaleiros e dos herdeiros do seu cargo, a Ordem de Cristo, os quais fizeram deste edifício a sua sede.
A Ordem dos Templários prestou um grande auxílio a Portugal, durante os séculos XII e XIII, na luta contra os mouros. Como recompensa, os seus membros foram contemplados com bens e poder político. Mas, no início do século XIV, as suspeitas que recaíam sobre a Ordem levaram a que a mesma fosse extinta pelo Papa Clemente V. A extinção teve efeito em vários países da Europa e os bens da Ordem foram confiscados pelos Estados. Contudo, em Portugal, nem tudo se passou da mesma forma – a questão foi contornada pelo rei D. Dinis, que converteu a Ordem dos Templários em Ordem de Cristo, mantendo os seus membros todos os privilégios adquiridos.
O emblema da Ordem de Cristo, a cruz vermelha e branca, sulcou os mares de todo o mundo nas velas das caravelas e naus portuguesas, durante a época dos Descobrimentos.
A Charola de Tomar baseou-se no tipo de mesquitas sírias, gosto adquirido pelos cavaleiros da Ordem do Templo durante as lides orientais, e por eles aplicada no Ocidente.
É um raríssimo santuário da Alta Idade Média que segue o protótipo da Ermida de Omar (Jerusalém), modelo igualmente aplicado nas Capelas de Eunate (Navarra) e Vera Cruz (Segóvia). No princípio do século XVI, a Charola, oratório dos Templários, foi adoptada como capela-mor do novo templo que então se erigiu, o Convento de Cristo. Nas paredes da Charola subsiste ainda grande série de pinturas sobre madeira, constituídas pelos painéis 'A Entrada de Jesus em Jerusalém', 'O Pedido do Centurião', 'A Ressurreição de Lázaro', 'A Ressurreição, A Ascensão', 'O Baptismo de Cristo' (incompleto) e possivelmente 'A Confissão de Santa Rita'.
Recentemente na tentativa de restaurar estas imagens foram descobertas outras por debaixo, mais antigas. Foi aqui, na Charola de Tomar que foi aclamado o Rei D. Afonso V, em 10 de Setembro de 1438.

Fonte:
“Percursos de Evasão, por terras de Portugal”; e internet.

2 comentários:

Anónimo disse...

E será que essa ordem acabou mesmo?
É um dos locais mais bonitos para se ler um livro.
Falhámos a última edição da festa dos tabuleiros prepositadamente por causa do calor, vimos a reportagem na televisão e não nos arrependemos, estava "uma brasa"!

Rosa Carioca disse...

Fazes uma boa pergunta. Será???