Visitando o blog da Verena, li o post Bichinhos - SACO MESMO É SER GATO !!!.
Achei muito bem feito, vou tentar escrever o que acho que se passa pela cabeça de um dos meus cães.
Tenho quase 10 anos e chamo-me Kibon. Minha mãe era uma cocker spaniel e meu pai … bem… dizem que era um pinsher. Mas isso nunca importou para as minhas donas.
Pois é, quando vim para esta casa, havia duas donas: uma mais velha e outra mais nova. Depois percebi que eram mãe e filha. Sempre fui e sou muito mimado. Quando era criança, fiz muitas asneiras: acabei com chinelos e sandálias, camisolas, blusas, calças, tacos de madeira do chão do corredor, rodapés, arranquei plantas dos vasos, tapetes, destrui quatro ou cinco ou seis camas (perdi a conta), enfim… Eu tinha sempre a companhia da dona mais velha mas quando ela também tinha que ir a algum lugar… bem… eu tinha que me distrair.
Mas uma vez, apanhei bastante da dona mais nova, quando acabei com uma esponja de banho. Na hora não percebi porque estava a apanhar tanto no meu rabinho por ter estragado algo tão simples (já tinha destruído muita coisa e mais cara). Procurei entender e … aceitei. A esponja pertencia ao pai dela. Ele tinha falecido na altura que eu nasci. Aliás, sei que ele dizia que, quando tivessem um cão, gostaria que se chamasse “Kibon”. Sei que ele gostava muito das minhas donas mas ficou feliz ao ver que eu tomava conta delas.
Minha dona ainda sente a falta dele… (Ela também se arrependeu de me ter batido tanto. Naquela noite, fiquei no colo dela até adormecer. Ela não estava batendo em mim, mas na dor que tinha no peito…)
E assim fui crescendo com as duas, cheio de carinho, cuidados, boa comida, água sempre fresca, passeios, brincadeiras e muita companhia.
Depois chegou lá em casa, um homem. A dona mais nova deu-me logo a entender que ele também seria meu dono. Ok! Mais um para tomar conta. O mais importante é que ele se revelou muito porreiro. Quando faz petiscos… divide comigo. (Ai, se a minha dona sabe disto!) E trata-me muito bem. Também se não me tratasse, a minha dona não vivia com ele. Ah, pois não!
Um dia, a dona mais velha foi levada por umas pessoas de branco e … não voltou mais. Senti muito a falta dela, pois éramos muito companheiros. Eu sei para onde ela foi e sei que ela está bem.
Sempre que a minha dona mais nova chora (apesar dela ser muito brincalhona, às vezes fica triste), sento-me bem pertinho dela, coloco meu focinho na perna e tento, com o meu olhar, dizer-lhe isso. Acho que ela entende, acalma-se.
Ora bem, um certo dia, meus donos trouxeram outro cão.
No início, fiquei um pouco desconfiado. Será que eles iam trocar-me?
Não, pelo contrário. Queriam dar-me um companheiro.
Desde o início, ensinaram aquele “maluco” que eu sou o rei da casa. Apesar de ele ser um pouco “cabeça-dura”, entendeu.
Tornámo-nos grandes amigos, inseparáveis.
Mas há coisas que não entendo.
Às vezes, os meus vizinhos fazem-nos perguntas estranhas:
- Tua corrente é comprida?
O que é corrente?
- Aquela coisa que te colocam no pescoço e te prendem a um lugar.
Mas… não temos nada no pescoço e andamos pelo quintal e pela casa toda!
- Conseguiste dormir esta noite com o frio que fez, com a trovoada?
Claro, como todas as noites. Como posso sentir frio dentro da casa dos meus donos?
- Vocês não têm medo dos carros?
Não. Sempre que vamos sair, nossos donos põem-nos umas coisas que eles chamam de peitorais e guiam-nos de forma segura.
- Ó velhote! Então a tua dona já te trocou por um mais novo? Ela já não te liga, pois não?
Minha dona continua na mesma. Trata-me da mesma forma e continua a chamar-me de “meu Kibon lindo”.
Sinceramente, não entendo.
Então os donos não são todos iguais aos meus?
Tenho quase 10 anos e chamo-me Kibon. Minha mãe era uma cocker spaniel e meu pai … bem… dizem que era um pinsher. Mas isso nunca importou para as minhas donas.
Pois é, quando vim para esta casa, havia duas donas: uma mais velha e outra mais nova. Depois percebi que eram mãe e filha. Sempre fui e sou muito mimado. Quando era criança, fiz muitas asneiras: acabei com chinelos e sandálias, camisolas, blusas, calças, tacos de madeira do chão do corredor, rodapés, arranquei plantas dos vasos, tapetes, destrui quatro ou cinco ou seis camas (perdi a conta), enfim… Eu tinha sempre a companhia da dona mais velha mas quando ela também tinha que ir a algum lugar… bem… eu tinha que me distrair.
Mas uma vez, apanhei bastante da dona mais nova, quando acabei com uma esponja de banho. Na hora não percebi porque estava a apanhar tanto no meu rabinho por ter estragado algo tão simples (já tinha destruído muita coisa e mais cara). Procurei entender e … aceitei. A esponja pertencia ao pai dela. Ele tinha falecido na altura que eu nasci. Aliás, sei que ele dizia que, quando tivessem um cão, gostaria que se chamasse “Kibon”. Sei que ele gostava muito das minhas donas mas ficou feliz ao ver que eu tomava conta delas.
Minha dona ainda sente a falta dele… (Ela também se arrependeu de me ter batido tanto. Naquela noite, fiquei no colo dela até adormecer. Ela não estava batendo em mim, mas na dor que tinha no peito…)
E assim fui crescendo com as duas, cheio de carinho, cuidados, boa comida, água sempre fresca, passeios, brincadeiras e muita companhia.
Depois chegou lá em casa, um homem. A dona mais nova deu-me logo a entender que ele também seria meu dono. Ok! Mais um para tomar conta. O mais importante é que ele se revelou muito porreiro. Quando faz petiscos… divide comigo. (Ai, se a minha dona sabe disto!) E trata-me muito bem. Também se não me tratasse, a minha dona não vivia com ele. Ah, pois não!
Um dia, a dona mais velha foi levada por umas pessoas de branco e … não voltou mais. Senti muito a falta dela, pois éramos muito companheiros. Eu sei para onde ela foi e sei que ela está bem.
Sempre que a minha dona mais nova chora (apesar dela ser muito brincalhona, às vezes fica triste), sento-me bem pertinho dela, coloco meu focinho na perna e tento, com o meu olhar, dizer-lhe isso. Acho que ela entende, acalma-se.
Ora bem, um certo dia, meus donos trouxeram outro cão.
No início, fiquei um pouco desconfiado. Será que eles iam trocar-me?
Não, pelo contrário. Queriam dar-me um companheiro.
Desde o início, ensinaram aquele “maluco” que eu sou o rei da casa. Apesar de ele ser um pouco “cabeça-dura”, entendeu.
Tornámo-nos grandes amigos, inseparáveis.
Mas há coisas que não entendo.
Às vezes, os meus vizinhos fazem-nos perguntas estranhas:
- Tua corrente é comprida?
O que é corrente?
- Aquela coisa que te colocam no pescoço e te prendem a um lugar.
Mas… não temos nada no pescoço e andamos pelo quintal e pela casa toda!
- Conseguiste dormir esta noite com o frio que fez, com a trovoada?
Claro, como todas as noites. Como posso sentir frio dentro da casa dos meus donos?
- Vocês não têm medo dos carros?
Não. Sempre que vamos sair, nossos donos põem-nos umas coisas que eles chamam de peitorais e guiam-nos de forma segura.
- Ó velhote! Então a tua dona já te trocou por um mais novo? Ela já não te liga, pois não?
Minha dona continua na mesma. Trata-me da mesma forma e continua a chamar-me de “meu Kibon lindo”.
Sinceramente, não entendo.
Então os donos não são todos iguais aos meus?
16 comentários:
Ameeeei, amiga! Linda homenagem ao Kibon! O Bidu achou muito legal o texto também. rs
Bjkas, amada!
O Kibon e o companheiro são, por certo, dois cães felizes por terem donos assim. Que não lhes colocam correntes nem nada ao pescoço, que quando os levam a sair lhes põem peitorais e os guiam de forma segura!
Se os homens tratassem os homens assim, o mundo seria bem melhor!
Abraço
Querido Kibon, a tua dona ou as tuas donas são do mesmo estofo que nós aqui em casa, tenho um rotweiller traçado de labradora, a mãe, claro, veio para qui com um mês, e, olha, tem a mania que sou a mãe dele...dorme na cama do mais velho, que até é tipo estreita ele é compridão mas cabem os dois, costumo ver o Shaka assim se chama ele, mais refastelado que o dono... come do bom, tem água fresquinha sempre mais que uma duas vezes ao dia,d epende, é miminhos é beijos na boca é abraços apertadinhos, mas olha que ele não deixa ninguém chegar-se a nenhum de nós..quem pisa o risco leva dentadinha amigável com direito a tratamento, mas é assim...
Assim; Kibon, boa sorte para ti e para a tua dona, dono, todos os da casa, e dá-te por feliz não é qualquer um que é tratado dessa forma...
Um beijinho, gostei muito, muito..
ah a foto do meu blogue é a Ilha de Luanda a terra da minha vida a terra amada que jamais esquecerei...
Laura
Infelizmente nem todos os donos são assim, Kibon. Há quem vá de férias e os abandone.
Sonia, grande beijinho.
Carlos Albuquerque, concordo. Geralmente, quem trata os animais com respeito, também é assim com todos os animais, racionais ou não.
Laura, Luanda sempre ficará no meu coração.
Carlos Oliveira, é verdade; desde que tenho meus canitos, as minhas férias se resumem em curtos fins de semana. Mas vale a pena.
Então a minina viveu na minha nossa Luanda, onde? eu; Bairrod e S. Paulo, rua António Enes,esquina com a rua dos Pombeiros, prédio carmona por cima da farmácia Boavista, a rua que continuando ia dar ao Cacuaco...linda a nossa bela Luanda..beijinhos mil..laura
Olá, Laura. Morava no Bairro Santa Bárbara (ex-Ganso), pertinho do Bairro do Prenda. Estudei na Escola Marta do Resgate Salazar.
Amiga! Passando para deixar muitas beijocas e lambeijos!
Sônia e Bidu!
Este Kibon* faz juz ao nome: é gostoso demais! rs
Bjssssssss!
*sorvetes
Pois é, Valentina, foi exactamente por causa da saudade dos sorvetes Kibon, que meu pai desejou que o nosso "canito" se chamasse assim. :)
Amei o kibon, a história, a imagem, tudo!!!!
beijão
Oulá Kibon,
O "seu mãe" é muito legau!!
Que sorte que nós temos...nè?
Um lambeijo para aucês
Pepinho e Xixo
amiga!!!
fiquei xonada no kibon!
genial.
alias o nome dele me deu vontade
de um belo sorvete hehehehe
linda pagina.
você nos encanta.
beijos com carinho da amiga rita.
Sonia, Verena e Rita, Kibon e eu agradecemos muito.
E agora ia um sorvetinho...
Uma história deliciosa e... não, os donos não são todos iguais, infelizmente para aqueles que não têm a sorte de ter donos atenciosos, carinhosos e preocupados!
O Kibon tem essa sorte! Assim todos a tivessem, também!
Muitos beijinhos!!!
Olá,
Passamos para deixar um beijinho carinhoso
Verena,Xixo e Pepi
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