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Companheiros de Pensamentos

terça-feira, 18 de junho de 2013

Andorinhas

Não foi um ano escolar nada fácil. Uma turma com dois anos de escolaridade (3º e 4º); a preocupação de realizar uma boa preparação para as provas finais (4º ano), uma pedagogia diferenciada para o aluno com necessidades educativas especiais, o desenvolvimento dos conteúdos inerentes ao 3º ano, sem descurar todo o envolvimento pessoal e afetivo com os alunos…
Apesar do ano letivo ter chegado ao fim… ainda há muita coisa pela frente: relatórios, análises de resultados, exames, acompanhamento extraordinário, reuniões, reuniões e reuniões…
E depois?
Depois… continua a angústia, a incerteza, a frustração, o receio do que ainda pode vir por aí.
Procuro encontrar serenidade nas “minhas” agitadas andorinhas.
Quando retornam ao fim de um ano de ausência, encontram sua “casa” completamente destruída e, de imediato, põem “asas” à obra e a reconstroem entre os poucos dias de sol que eram interrompidos por tantos dias de chuva que esta nossa primavera trouxe.
Assim que a “casa” está acabada, a família instala-se e prepara-se para cuidar dos novos filhotes.
Passam os dias num verdadeiro carrossel em voos rasantes, terminando-os em calmas “conversas” ao por do sol.
E assim tudo acontece até ao fim do verão, quando partem para outras terras, sem terem a certeza de que, ao retornarem, encontrarão a sua “casa” tal e qual como a estão a deixar…
Pois é… apenas incertezas ou será certezas?
Certezas de que amanhã será um outro dia.
Melhor ou pior?
Não importa.
Importa que haja o nascimento de um novo dia.


 
 

13 comentários:

JP disse...

O amanhã será sempre incerto...e então nos tempos que vivemos, mais ainda.

Não está fácil Rosa, não está nada fácil. Luta-se mas pouco se altera. Lutaremos mal?


Beijinho

Laços e Rendas de Nós disse...


Adoro andorinhas e nunca elas fizeram os seus ninhos nos beirais da minha casa :((

Até nisso :((

Beijo

Laura

Verena disse...

Querida Amiga
Admiro demais os professores
Gostei da sua gentil visitinha
Tenha uma boa tarde,querida
Um forte abraço e beijinhos saudosos de
Verena e Bichinhos

amiga da onça disse...

Que bela comparação com as andorinhas.

amiga da onça disse...

Fiquei curiosa no comentàrio que fizeste no blogue quem ès que fazes aqui, sobre o significado dos nomes. Não ès Rosa? Então porquê Ana Paula?

Brown Eyes disse...

Esta situação devia-nos levar a concluir que o ser humano está demasiado preso a banalidades que o aprisionaram. Os animai são mais felizes, vivem o dia a dia livremente. Beijinhos

Graça Sampaio disse...

É isso! Nada de perdermos a esperança!

A minha mãe foi durante muitos anos professora primária, como se dizia antigamente. E tinha as quatro classes e eram entre 30 e 35 alunos. Era uma trabalho insano!

Beijinhos e... nada de espreitar as andorinhas... é feio...

luisa disse...

Os tempos são de incerteza para quase todos nós...

Anónimo disse...

Está difícil pensar no amanhã sem angústias, mas temos de fazer um esforço e acreditar que o importante é o presente.
Um belo texto para o teu regresso, onde não faltaram a andorinhas que adoro.

São disse...

Apreciei muito a nota de esperança com que o texto termina: afinal, amanhã será outro dia!

Bons sonhos

Fê blue bird disse...

Observar as andorinhas e a natureza é a melhor forma de encontrar a serenidade que bem precisas minha amiga.

beijinho

João Roque disse...

Vocês, professores, têm toda a minha solidariedade nas vossas justas reinvidicações e nas vossas fundamentadas preocupações.
Sim, o ensino faz parte da função pública, mas para se ser professor é necessário ter "vocação", é ser um funcionário público especial, e isso não pode ser considerado um privilégio.
Ensinar é uma profissão nobre...

Shirley Brunelli disse...

Olá, Rosa...Reli e deixo-lhe um beijo!!!