quarta-feira, 19 de junho de 2013
Ana Moura - Desfado
Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum
Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente
Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste
Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro
Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande incerteza de não estar certa de nada
(Até poderia ser o MEU desfado...)
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8 comentários:
Há sempre desfados no fado da vida, não é?
Beijo
Laura
Também podia ser o meu.
Adoro este desfado e esta fadista.
beijinho minha amiga
Fê
Mas o destino de não crer no destino já não é um desfado...é o nosso fado!
São saudades, são tristezas e desgraças.
Beijo
É belíssima esta letra, esta voz, esta interpretação.
Um beijo
Obrigada
Ela sempre cantou bem, mas neste fado, que é maravilhoso, supera-se.
Olá!
Vim voar novamente e te deixar meu carinho.
Um lambeijo no peludinho que é o rei da casa.
Ótimo final de semana.
Abração.
Boa tarde amiga, eu vim agradecer o carinho de sua presença no meu cantinho!
Tenha um lindo fim de semana coberto de muita paz e Amor
Abraço amigo!
Maria Alice
Adorei a parte do bairro Botafogo!
;)
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