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Companheiros de Pensamentos

segunda-feira, 22 de julho de 2013

FACEBOOK

Nunca podia imaginar que teria que agradecer ao FACEBOOK, a oportunidade de encontrar tal talento: MARIA JOÃO JUSTO.


 
Retratos das cãopanheiras das minhas amigas.
Se quiserem ver mais obras desta talentosa artista, visitem-na no facebook e no seu blog RetratosPet.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

BRAVA GENTE BRASILEIRA

 
Meu avô paterno participou da comissão que organizou a comemoração do centenário da independência do Brasil, em 1922, e, devido a isso, foi ao Brasil com a minha avó, por essa altura. Apaixonou-se de tal forma por aquele país que "foi ficando".
Meu pai era brasileiro. "Carioca da gema!"; como gostava de dizer pois tinha nascido no bairro do Botafogo, Rio de Janeiro.
Meu avô retornou, com a família, a Portugal porque seu pai tinha adoecido gravemente; não voltando mais ao Brasil.
Meu pai passou a ter dupla nacionalidade e meu avô sempre insistiu para que ele nunca esquecesse onde tinha nascido e vivido sua infância, ao ponto de meu pai ter se apresentado ao serviço militar nos dois países: Portugal e Brasil.
Após muitos anos e depois de muitas voltas que o destino nos prega, fui viver com meus pais para o Brasil.
Eu, "alfacinha da gema", filha de brasileiro, também passei a ter dupla nacionalidade. No Brasil, perante a Constituição Brasileira, era "brasileira nata" (até podia ser presidente de república, algo que era vetado aos "naturalizados").
A minha infância foi vivida em Portugal mas a minha adolescência, a minha juventude, o início da minha vida adulta, foi toda passada na Terra Adorada, entre outras mil.
Inúmeras vezes, constatei que as subidas dos preços ocorriam sempre em dois momentos: CARNAVAL e CAMPEONATOS DE FUTEBOL.
Nesses momentos, ninguém se importava com mais nada além da fantasia para desfilar na Escola de Samba ou torcer nos estádios de futebol.
Bastava haver SAMBA, CERVEJA E FUTEBOL que tudo estava bem.
Em casa ou em tertúlias, discutia-se como era possível que esse povo não tivesse plena consciência da imensa riqueza que o Brasil possui: natureza, minérios, ouro, agricultura, clima, recursos hídricos, enfim... tudo; porém com um povo facilmente manipulável...
Mas HOJE...quando vejo, nos jornais, que o POVO brasileiro não quer estádios mas, SIM, escolas, hospitais,... sinto um desejo enorme de colocar o HINO DA INDEPENDÊNCIA do Brasil, com melodia de D. Pedro I, do Brasil (D. Pedro IV, de Portugal):
 
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ana Moura - Desfado



Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum

Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente

Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste

Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro

Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande incerteza de não estar certa de nada


(Até poderia ser o MEU desfado...)

terça-feira, 18 de junho de 2013

Esclarecimento

(imagem da net)
amiga da onça levantou uma dúvida sobre o meu nome.
Afinal, sou Ana Paula ou Rosa Carioca?
Chamo-me Ana Paula.
"Rosa Carioca" é uma forma de homenagem, como está esclarecido aqui.

Andorinhas

Não foi um ano escolar nada fácil. Uma turma com dois anos de escolaridade (3º e 4º); a preocupação de realizar uma boa preparação para as provas finais (4º ano), uma pedagogia diferenciada para o aluno com necessidades educativas especiais, o desenvolvimento dos conteúdos inerentes ao 3º ano, sem descurar todo o envolvimento pessoal e afetivo com os alunos…
Apesar do ano letivo ter chegado ao fim… ainda há muita coisa pela frente: relatórios, análises de resultados, exames, acompanhamento extraordinário, reuniões, reuniões e reuniões…
E depois?
Depois… continua a angústia, a incerteza, a frustração, o receio do que ainda pode vir por aí.
Procuro encontrar serenidade nas “minhas” agitadas andorinhas.
Quando retornam ao fim de um ano de ausência, encontram sua “casa” completamente destruída e, de imediato, põem “asas” à obra e a reconstroem entre os poucos dias de sol que eram interrompidos por tantos dias de chuva que esta nossa primavera trouxe.
Assim que a “casa” está acabada, a família instala-se e prepara-se para cuidar dos novos filhotes.
Passam os dias num verdadeiro carrossel em voos rasantes, terminando-os em calmas “conversas” ao por do sol.
E assim tudo acontece até ao fim do verão, quando partem para outras terras, sem terem a certeza de que, ao retornarem, encontrarão a sua “casa” tal e qual como a estão a deixar…
Pois é… apenas incertezas ou será certezas?
Certezas de que amanhã será um outro dia.
Melhor ou pior?
Não importa.
Importa que haja o nascimento de um novo dia.


 
 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ainda sobre as CRIANÇAS...

(imagem tirada da net)
No dia das mães, escrevi numa rede social o seguinte estado:

"É sempre o pior dia do ano...
Mãe devia ser imortal...
Filhos não deviam morrer antes da mãe..."

Hoje, nessa mesma rede social, uma mãe de um ex-aluno partilhou-me o seguinte:



Hoje no caminho da escola para casa, deu-se o seguinte diálogo:
Filho: Mãe viste a publicação da professora?
Eu: Qual publicação? (já imaginando que fosse sua...)
Filho: Uma em que ela escreve que os filhos não deviam morrer antes dos pais...
Eu: Sim, essa vi.
Filho: Fiquei a pensar porque terá ela escrito aquilo.
Eu: Porque foi no domingo o dia da Mãe e a Professora deve ter pensado que nem ela nem os seus filhos não tiveram a oportunidade de celebrar juntos este dia.
Filho: Ah pois, deve ter sido por isso... Coitada, deve ter ficado tão triste... Quando é o dia da Mãe para o ano?
Eu: Acho que é sempre no primeiro domingo do mês de Maio, porquê?
Filho: Porque para o ano quero dar-lhe um miminho nesse dia. Importas-te Mãe?
Eu: Não (Respondo já de nó na garganta)
Filho: Não é que a professora seja para mim como tu és, mas ela esteve sempre ao meu lado em alturas muito difíceis da minha vida, por isso acho que devo estar ao seu lado em datas como esta, que são especialmente difíceis para ela. Se eu a fizer sentir um bocadinho menos triste no próximo dia da Mãe, já fico muito contente por mim e por ela! O que achas Mãe?
Eu: Acho que fazes bem. (Respondi com dificuldade, mas cheia de orgulho do filho que tenho.)
Provavelmente para o ano vai-se esquecer do que hoje planeou, mas fique com a intenção e sincera vontade de a ver um bocadinho menos triste nesse dia...
Como li algures: os filhos são o reflexo dos pais.
É uma enorme felicidade ter a oportunidade de conhecer "pessoas tão especiais".

Dia da Espiga

Esta quinta-feira, assinalada no calendário cristão como a da Ascensão - em que a Igreja comemora a ascensão de Jesus Cristo ao Céu -, é igualmente o dia em que tradicionalmente se ia ao campo colher um ramo, no qual a espiga de trigo era o elemento mais simbólico. Compunham igualmente:
- três raminhos de oliveira = luz;
- três raminhos de espiga de trigo = pão;
- três raminhos de cevada = alegria;
- três papoilas = amor;
- três malmequeres brancos = prata;
- três malmequeres amarelos = ouro.
O número 3 refere-se à Santíssima Trindade. Não sou católica mas gosto desta tradição e lá fomos (eu e o maridão) andar pelo campo, para compor a nossa "espiga" que substituiu a do ano passado e já está colocada atrás da porta até ao próximo Dia da Espiga.

domingo, 5 de maio de 2013

Surpresa

Após um post de desabafo, vivo um momento que vem reforçar o porquê ainda continuo nesta profissão.
Como já escrevi neste " meu cantinho", o dia da mãe não é dos melhores do ano.
Na semana passada, uma aluna perguntou-me se eu tinha filhos. Respondi-lhe que já tinha tido mas que haviam falecido. Ela apenas disse: - Acho isso triste. E dirigiu-se para o recreio.
Pois na sexta-feira passada, sou surpreendida por toda a turma:
 
Para além de preencher o quadro com palavras e mensagens carinhosas,
 
 
 
também pintaram pequenas caixinhas
 
 
 
 
que continham lindos desenhos e belos poemas.
 


 

São gestos como estes,
vindo de crianças que,
de certa forma,
passam uma boa parte de seus dias com os professores,
que nos mostram como
VALE A PENA SER PROFESSORA.

domingo, 21 de abril de 2013

Não teremos mais nada!

"Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro."  (D. Pedro II)


Sinceramente, gosto muito de ser professora mas fico indignada com a falta de respeito, ou melhor, com a falta de conhecimento sobre a nossa função.
Sempre ouvi meus pais dizerem que: "na escola recebes a instrução, em casa recebes a EDUCAÇÃO."
Desde cedo, isto é, desde o primeiro ano de escolaridade, meus pais ensinaram-me que EU era a responsável pelo meu trabalho como aluna; o que englobava: prestar atenção nas aulas, tirar todas as dúvidas com os professores, realizar as tarefas pedidas (tanto na escola como em casa) e, principalmente, exercitar a educação que levava de casa.
Meus pais nunca "se preocuparam" se eu tinha ou não trabalhos para casa, se eu tinha ou não que estudar para testes.
Deixaram sempre bem claro que a minha profissão era ser aluna e, portanto, tinha que aprender, desde cedo a organizar-me, a ser responsável nas minhas tarefas.
É claro que deram-me as "ferramentas" necessárias: uma alimentação saudável, muito carinho, uma presença constante enquanto pais/amigos/companheiros.
Mas nunca questionaram se havia muito trabalho para casa, se havia muitos testes...
Quando eu reclamava porque algum professor aplicava um "teste surpresa", ouvia como resposta: "É tua obrigação estar preparada!"
Quando eu reclamava que tinha testes em dias consecutivos, recebia como resposta: "Organiza-te; mesmo porque não se estuda SÓ de véspera!"
Sim, em minha casa, respeitava-se a profissão de Professor.
Significa que Professor nunca erra? Claro que não! Em todo o meu percurso enquanto aluna, houve uma situação que meu pai teve que falar com uma professora e houve outra que eu discuti com o professor (porque dirigiu-se ofensivamente à turma). Respeito é uma via de "mão dupla".
No entanto, nos dias de hoje, a impressão que tenho é que "certos" pais infantilizam demais seus filhos. Chamam para si responsabilidades que cabem a seus filhos.
Nos dias de hoje, colocam os filhos no futebol, no balé, na banda, no judo, no basquetebol, na natação,... e a escola que, no meu entender, deveria ser a 1ª prioridade fica renegada a acessório. E o pior: não sobra tempo para a criança BRINCAR.
E aí sobra para o Professor! Que não devia mandar tarefas para casa, a fim de consolidar os conteúdos trabalhados em aula, que não devia marcar muitos testes, que não devia puxar tanto pelos alunos... sem falar que também há quem reclame por o Professor "insistir" para que o aluno coma o seu lanche, para que não fique muito tempo sem se alimentar (!).
Há dias que tenho vontade de "chutar o balde".
Por outro lado, felizmente, muitos pais conhecem bem a nossa função e, o mais importante, educam os seus filhos, preparando-os para serem responsáveis, ativos, participativos.
E lá se foi mais um desabafo!
Amanhã, terei uns olhinhos risonhos, umas carinhas prontas para receber e dar muita energia.
 
 

domingo, 14 de abril de 2013

E AS "MINHAS" ANDORINAS CHEGARAM !!!!

Os pardais "ocupas" não conservaram o lugar que invadiram
(sem autorização).

Mas as andorinhas já começaram o seu trabalho de reconstrução.

Admiro muito estas avezitas!