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Companheiros de Pensamentos

domingo, 27 de maio de 2012

Um Refúgio da Alma


Há dias que merecemos reservar um tempo para nós.
Há dias que resolvemos experimentar algo novo.
Há dias que recebemos mais do que estávamos à espera.
Há dias que estar com certas pessoas traz-nos um grande bem à alma.


sábado, 19 de maio de 2012

Espiga

E lá se cumpriu a tradição: ir ao campo colher o necessário para o ramo da "espiga".
Eis a ESPIGA, cuidadosamente, arranjada pelo maridão.

sábado, 12 de maio de 2012

Pedro e Henrique

(imagem tirada da net)
É impossível não lembrar.
Por mais que tenha seguido "em frente",
por mais que "pareça" forte,
por mais que tente arranjar "consolos" ou "justificações";
hoje fariam 8 anos.

sábado, 5 de maio de 2012

Minha Mãe

Não existem palavras suficientes para descrever o que sinto pela minha Mãe.
Minha grande e, muito sábia, Amiga, meu colo, minha cura, minha conselheira, meu TUDO.
Conhecia-me como ninguém... Eu não precisava falar para que ela me “ouvisse”.
Lia a minha alma.
Tinha sempre a palavra certa para toda e qualquer situação, por mais difícil que fosse.
Era o alicerce da nossa casa (como meu pai costumava sempre dizer a todos os seus amigos e colegas).
Possuía uma grande Fé; fé em Deus e no ser humano. Para ela, todas as pessoas mereciam uma segunda, terceira, quarta, ... , oportunidade.
Nunca desistia de nada e de ninguém. Sempre foi uma lutadora.
Era dona de uma força enorme que ultrapassava em muito a sua pequena e, aparente, frágil estatura. Sempre via “a luz ao fim do túnel. O seu lema era: melhores dias virão.
Nunca a ouvi ralhar, gritar ou elevar a voz. Inúmeras vezes, quando criança, não seguia as suas recomendações e acabava estatelada no chão, com joelhos e mãos esfolados. Corria, chorosa, para perto dela, temerosa que fosse ouvir um valente ralhete. Em vez disso, lá ia ela buscar o seu estojo de “primeiros socorros” e, ao mesmo tempo que tratava das minhas feridas, dizia “eu avisei, eu disse-te que isto podia acontecer”. E assim reagiu comigo sempre que alguma coisa corria mal, por não ter ouvido seus conselhos. Curava as minhas feridas, sem reprimendas, cuidava.
Transmitia uma calma, uma serenidade, não só ao meu pai e a mim, como a todos que se aproximavam dela, independente se fossem crianças, jovens ou adultos.
Minhas colegas de estudo preferiam realizar os trabalhos da escola/faculdade na minha casa, apesar de ser muito mais simples e humilde do que a delas, porque lá "sentiam paz".
Os animais sempre a procuravam (era incrível); os nossos cãezitos, quando estavam doentes ou sentiam dores, eram para ela que corriam.
Meu pai e eu, quando doentes, melhorávamos, quando ela pousava sua mão em nós.
Gostava muito do meu marido e, pela primeira vez na vida, não lutou contra a dor... Sentiu que ele iria fazer-me feliz e ... partiu ... Como ela mesma dizia, foi encontrar-se com o amor da sua vida, o meu pai.
Como sempre, ela estava certa.
A vida da minha mãe foi uma permanente lição: lição de como viver, como amar, como ser feliz, como fazer os outros felizes, como transformar cada momento em momentos especiais. Mas ela não me ensinou como fazer para que ela fosse eterna, apesar de ser eterna nas minhas lembranças.
Deixou uma grande saudade... Fazes-me muita falta, Mãe.