Talvez
por estar a aproximar-se a altura de que muitas pessoas dão cachorrinhos de
presente, como se fossem um brinquedinho engraçado que os filhos fartam-se de
pedir, detive-me em duas fotos.
A
1.ª é do Cookie, o meu primeiro cão, que foi-me oferecido quando eu nasci. É
verdade; quando cheguei da maternidade, já lá estava.
Minha
mãe sentou-se numa poltrona, chamou o Cookie e o Pimpão (na altura, já com os
seus 11 aninhos), descobriu os meus pés e deixou que os dois “peludos”
cheirassem, lambessem…
Ela
contava esta história e dizia que a minha reação foi sorrir muito.
E
assim, desde que me conheço por gente, sempre tive a companhia de um ou dois
canitos. E também foi assim que, desde tenra idade, fui educada a cuidar,
respeitar e procurar entender o cão. Meu pai até dizia: “o cão tem sempre
razão”.
Não
interessava a raça. Interessava aquele ser vivo que merecia toda a nossa
atenção e responsabilidade.
Em
certa altura, tivemos que ausentar-nos por cinco anos e o Cookie (o Pimpão já
tinha falecido) ficou com familiares próximos, na mesma casa onde vivíamos. Quando
retornámos, o Cookie já estava completamente cego, já tinha 13 aninhos; porém
reconheceu cada um de nós, e sua alegria foi dobrada quando reencontrou minha
mãe. Inesquecível!
A
2.ª foto é da Boneca.
A
Boneca estava numa gaiola de uma loja de animais e impressionou-me porque, ao
contrário do que costumamos ver com outros filhotinhos, essa coisinha minúscula
mordia, raivosamente, a gaiola.
Perguntei
ao dono da loja qual seria o preço dela (na esperança de estar além das minhas
posses e conformar-me em não poder levá-la). Porém, ele respondeu que se eu
sorrisse, dava-me de presente. Apesar de, na altura, ter uns 15 anos, conclui
que aquele filhote devia ter algum defeito; ao que o dono esclareceu porque
estava a oferecê-lo: não tinha raça e era fêmea. Imediatamente, olhei para a
minha mãe e… lá trouxemos a Boneca.
A
Boneca viveu quase 19 anos.
Quando
alguém quer levar para casa um filhotinho fofinho, pequenino, engraçadinho, tem
que ter plena consciência de tudo o que está em jogo. Está em jogo um bichinho
que vai crescer, vai fazer asneiras, vai precisar de cuidados, principalmente,
quando atinge a sua velhice.
A
Boneca acabou por ficar cega, surda, com artrite (que dificultava muito a sua
locomoção), teve que passar por duas cirurgias; mas sempre mereceu todo o nosso
respeito, cuidado e muito, muito miminho.
Cão
não é brinquedo!
17 comentários:
Olá,querida Rosa
É verdade!!! Animal de um modo em geral precisa de cuidados e carinho; não é brinquedo mesmo...
Tive alguns e, como vc, me apeguei e deixaram saudade...
Bjm fraterno
Que lindas fotos e recordações! Os bichinhos são parte de nossas vidas! bjs, chica
Duas histórias lindas e comoventes de amor e respeito pelos animais.
Diz bem minha amiga, cão não é brinquedo !
Bom fim de semana
beijinho
Fê
Rositamiga
Só fotos, só fotos, só fotos (aliás bonitas); e na Travessa não dizes nada?????
Qjs
OI ROSA!
ME FIZESTE LEMBRAR QUE QUANDO NASCEU MINHA PRIMEIRA FILHA, UMA VIZINHA DEU A ELA UM FILHOTINHO DE PEQUENEZ, UMA FÊMEA A "GINA" QUE VIVEU CONOSCO ATÉ OS 16 ANOS, SÓ QUE A PARTIR DAÍ, NUNCA MAIS FICAMOS SEM TER UM ANIMALZINHO CONOSCO E TODAS, FÊMEAS E COM VIDA LONGA E MUITO AMADAS.
AGORA TEMOS A "CANDY" E ESPERO QUE POR MUITO TEMPO.
BELO POST AMIGA E TENS TODA A RAZÃO, É UM SER VIVO E QUE DÁ TANTO AMOR QUE O MÍNIMO QUE TEMOS DE FAZER É DEVOLVER A ELES EM FORMA DE CUIDADOS E CARINHO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Os animais são nossos amigos mas os cães e os gatos são aqueles que mais se aproximam do homem.
Ambos nos reconhecem.Os cães desculpam-nos mas os gatos não são fáceis de voltar a ser amigos.
Se não forem diariamente mimados ausentam-se oi tornam-se agressivos.
Querida amiga
Há nestes bichinhos
um tipo de amor
e fidelidade
que gostaríamos
de ver nos seres humanos...
____________________________________
Fotografe a alegria e a revele
na máquina digital do seu coração...
Quem diz cão, diz gato.
Não concebo a minha vida sem gatos e de certa forma fazem parte da minha "família"...
Gosto destas postagens onde um animalzinho é o centro das atenções. Também aprendi a respeitar, amar e cuidar dos "bichinhos de Deus" como minha mãe os chamava, pois ela sempre os tinha em casa, entre cães e gatos que se harmonizavam perfeitamente dentro de uma convivência que muito ensinava aos humanos. E quando ela se foi, como não tínhamos em casa quem deles cuidasse, e eu fui fazer uma especialização fora do país, os bichinhos foram para a casa de familiares e amigos que sabíamos iriam olhar por eles com o mesmo amor e carinho.
Estes teus gestos de afeto pelos cães me sensibilizam muito. Considero que quem os ama tanto assim são pessoas iluminadas que possuem um coração do tamanho do mundo, para neles caber os homens e os "bichinhos de Deus"
Que tua semana seja linda, inundada de sorrisos e estrelas.
Helena
Se me permite, assino este post por baixo.
Também aprendia lidar com cães desde que me conheço, pelo que estas histórias me comoveram e fizeram recordar outras vividas com animais meus amigos.
Infelizmente, a lei de protecção dos animais domésticos nao previu a necessidade de um certificado de idoneidade para quem quiser comprar ou adoptar um cão. Talvez fosse, realmente, pedir demais. Ao fim e ao cabo há por aí tantos pais que não têm idoneidade para serem pais e trazem-nos ao mundo e educam-nos de forma tão inconsciente...
Tive uma galinha de estimação quando tinha seis anos e muitissimo mais tarde uma cadela dálmata, oficialmente de meu filho.
Adoro felinos desde sempre.
Embora não ache que os animais tenham os mesmos direitos do que os seres humanos , sou contra maus tratos e espectáculos onde são utilizados já amestrados.
Boa semana, Rosinha
Estes "bichinhos" são mesmo um amor, né?
Obrigada pela gentil visitinha, querida
Te desejo uma semana feliz!
Beijão de
Verena e Bichinhos
Boa tarde, muitas pessoas gostam muito dos animais quando são pequenos, depois abandona-os sem dó nem piedade, simplesmente não querem saber do sofrimento que causam a um ser vivo amigo com sentimentos.
AG
Nasci "no meio dos cães" e, por isso, percebo a ternura com que fizeste este texto.
Boa semana, querida amiga Rosa.
Beijo.
Me fez lembrar de meu cãozinho que viveu 17 anos. As pessoas esquecem quando adotam ou compra um animal, que eles sente dores, fome, fica doente e precisa de cuidados e carinho. Minha irmã tem uma ONG, é triste ver como as pessoa deixam os cãozinho abandonados. Todos dias a ONG recolhe vários que os donos abandonam nas ruas por estar doentes ou por estar velhos. Triste isso!
Muito bom sua postagem!
As fotos tá linda.
Tenho um Yokshire que faz parte da família, viaja comigo pra onde eu for. É um grande amigo. Tem 6 anos.
Beijos!
~
~ ~ Aprecio muito a companhia sempre solícita e amiga de cães que, se pudessem, ofereciam-nos a sua devotada companhia e proteção, acompanhando-nos a todo o lado...
~ ~ Gostei muito do que escreveu, Ana Paula, a Rosa Carioca. ~ ~
Rosa li este teu post de lágrimas nos olhos. Porquê? Porque a morte de um animal de estimação é uma dor sem fim, assim como qualquer problema de saúde. Também porque tocaste num ponto muito importante: Um animal não é um brinquedo, tem que ser amado, respeitado e cuidado como se de ser humano se trata-se, ele sofre, tanto ou mais que nós. Um animal, tal como um ser humano, tem personalidade e merece que nos dediquemos a eles completamente, como ele se dedica a nós. Beijinhos
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