A dificuldade de conseguir um trabalho, mantém-se.
Não me refiro a conseguir o primeiro trabalho. Esse assunto dava para escrever um outro texto...
Refiro-me a já termos iniciado a nossa vida profissional, a já termos encargos, a já termos uma família para cuidar e, de repente, sem termos feito nada de errado, perdermos o nosso emprego.
(É claro que existem pessoas que preferem encostar-se aos subsídios e levar a vida "na flauta".)
Num passado distante, fiquei seis meses desempregada. Foi uma etapa da minha vida, que nunca esquecerei.
O meu bom humor desapareceu. Nesse período, tornei-me numa pessoa amarga, revoltada.
Confesso que só não fiz uma grande "asneira" porque meus pais deram-me um grande apoio emocional. Apesar de não terem recursos financeiros, foram as palavras de esperança, de encorajamento que contribuiram para acordar, a cada manhã, com a cabeça erguida e a seguir em frente. Nessa altura, até "fiquei de mal" com Deus. (mas, depois, fiz as pazes)
Não foi nada fácil ouvir tantos "nãos"...
Agora, chegou a vez de meu maridão começar a ouvir muitos "Não estamos a precisar de ninguém!"
Lembro-me bem como me senti e estou a fazer, exatamente, o que meus pais fizeram. Encorajando-o todos os dias, fazendo-o sentir o quanto tem valor, procurando animá-lo ao máximo.
Não quero que ele entre num desânimo, pois não ajuda nada, apesar de saber que não é nada fácil, estar a viver esta situação. Principalmente, quando não se é vagabundo, nem acomodado.
O país não está numa situação nada boa. É claro que as empresas retraem-se. Mas quero manter a esperança que algo surgirá. Pelo menos, ele não tem parado de "correr atrás".
Sempre que me deparo com as notícias sobre o desemprego, sobre "contenção de gastos"; tremo toda.
Ninguém está seguro. Já não existe estabilidade. Até a famosa estabilidade da função pública virou algo do passado.
Como continuo "de bem" com Deus, acredito que Ele irá dar-nos forças para continuar a seguir em frente e a conseguir enxergar quais as "janelas" que estão a ser abertas... pois sem o seu trabalho, o homem não tem honra; e sem a sua honra, se morre...
Há dois anos atrás, criei este blog. E para quê? Por quê? Uma mistura de “ensaio” e de “caderninho de reflexões”. Antes deste, tinha criado o blog da minha turma de alunos. E criei-o devido ao incentivo de um colega que muito me ajudou, dando dicas e ensinamentos. Portanto, resolvi criar este meu blog para ir praticando e “ensaiando” alguns passos para, posteriormente, aplicá-los no blog da turma. Nunca tive o hábito de escrever diários mas, quando era adolescente, muitas vezes desabafava meus sentimentos em folhas de papel que depois eram rasgadas em múltiplos papeizinhos e jogadas no lixo. Então, resolvi usar este blog para desabafar sentimentos, expor pensamentos: PENSASENTIMENTOS. Pensava eu (ingenuamente), que ninguém usaria o seu tempo para “ler-me”! Como fui ingénua! E como me sinto feliz! Sinto-me feliz pois, apesar de todos os “senãos” deste mundo virtual, ainda é possível manter certas “tertúlias”, onde podemos trocar ideias, partilhar momentos, arrancar sorrisos… Durante estes dois anos, alegro-me com cada companheiro que vai chegando, com cada comentário que vai sendo adicionado. Gostaria de ter mais tempo, para estar mais presente em todos os “cantinhos” por onde me agrada passar. Mas, muitas vezes, tenho que fazer escolhas: ora vou ler, ora tentar continuar o puzzle, ora brincar com meus anjos caninos, ora curtir meu maridão, sem falar das obrigações domésticas e profissionais, (e ainda tenho que arranjar tempo para dar umas caminhadas). Porém, confesso, que todas as minhas atividades são prazerosas. Neste momento, depois de dois anos, só tenho vontade de agradecer: - AGRADECER A TODOS QUE PASSAM PELO MEU “CANTINHO”. - Agradecer a todos que dedicam um pouco de seu tempo, a ler meus textos, observar minhas fotos, ouvir minhas canções preferidas. - Agradecer a todos que deixam comentários. Esses comentários são recebidos como se fossem VISITAS PRECIOSAS (só falta o cafezinho). E porquê mantenho este blog? Mantenho-o porque gosto de escrever. Mantenho-o porque gosto de frequentar as nossas “tertúlias”.