Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a tudo quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
É gente humilde que vontade de chorar.
Tenho andado bastante ausente do meu blog e dos blogues dos meus companheiros de "pensasentimentos" e peço desculpas.
Confesso que o meu nível de esperança, neste país, está bastante em baixo.
Cada vez mais sinto-me perdida, descrente, revoltada...
A minha "neura" leva-me a crer que não consigo escrever algo de positivo; portanto não escrevo nada.
(Obrigada pelas vistas e pelas palavras de ânimo.)