Inicia-se um novo ano
letivo.
Confesso que este início
de ano letivo vem acompanhado de uma grande frustração e revolta.
A grande insegurança
que tenho, frente a um futuro próximo tão incerto, deixa-me com uma certa “neura”.
Revolta-me o fato de
como sou roubada, constantemente, no resultado do meu trabalho. Até
conformava-me com a falta de aumentos salariais mas tirarem-me o que já
conquistei… é duro!
Devido às medidas
economicistas de um governo que não respeita, nem valoriza a educação, tenho
uma turma com o limite máximo permitido de alunos, com dois anos de
escolaridade e com alunos que possuem necessidades educativas especiais. Em
defesa de uma pseudo economia, prejudicam o percurso dessas crianças que
mereciam melhor atenção por parte daqueles que “supostamente” são os doutores
da educação.
Para quem sobra?
Para a professora que
tem que ser “3 em 1”:
- tem que ser a
professora do 3º ano;
- tem que ser a
professora do 4º ano;
- tem que ser a
professora para atender todas as necessidades educativas especiais dos seus alunos.
E isto tudo, ao mesmo
tempo.
É fácil? Claro que
não. Mas é frustrante, pois temos sempre a sensação que não fazemos tudo o que
eles merecem.
Há algo de positivo
nesta situação?
É claro que há: basta
entrar na sala de aula, olhar os seus rostos, ouvir as suas risadas, perceber a
vontade de aprender, de crescer que os seus olhinhos transmitem.
Como já disse e
repito: ainda não nasceu o ministro de Educação que me fez perder a paixão pela
minha profissão!
(imagem tirada da net) |